O deputado Paulo Duarte (PT) quer as explicações da Enersul para o descumprimento de acordos firmados por meio do termo assinado em agosto de 2007 entre a empresa energética, a Assembléia Legislativa, a Agepan e o Ministério Público.
O termo foi assinado após a conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito, composta por Duarte, Paulo Corrêa (PR), Marquinhos Trad (PMDB), Youssif Domingos (PMDB) e Dione Hashioka (PSDB), que investigou irregularidades nas tarifas da empresa.
O deputado está preocupado com a possibilidade de transferência do setor de Call Center da empresa de Campo Grande para São Paulo. Segundo ele, a medida pode acarretar a demissão de até 200 pessoas.
Pelo item 9 do acordo, a Enersul se comprometia a manter o Call Center no estado de Mato Grosso do Sul, com pessoal suficiente ao atendimento da demanda média.
O deputado Youssif Domingos frisou que outro item do acordo está sendo ignorado. A Enersul deveria consultar e permitir que a Assembleia fiscalizasse a aplicação do fundo social de 1,5% da empresa, medidas que - segundo ele - não têm acontecido.
A idéia era assegurar a aplicação dos recursos em programas e projetos de maior necesidade. O deputado disse também que o Ministério Público pode ser acionado para a tomada de medidas judiciais cabíveis contra a Enersul.
O deputado Marquinhos Trad (PMDB) reclamou que a presidente do grupo Rede, Carmem Campos Pereira, que adquiriu a Enersul no ano passado, só visitou o Estado uma vez. Paulo Duarte disse que na semana que vem deve ser redigido um ofício pedindo explicações à Enersul.(Portal AL)