O Conselho Estadual de Saúde publicou na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (1º) uma Moção de Apoio a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde na Câmara Municipal de Campo Grande.
A publicação foi assinada pelo presidente do conselho, Florêncio Garcia Escobar, e homologada secretária de Estado de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi. O documento informa que o apoio considera “as necessidades de garantir acesso ao serviço de Saúde com qualidade”.
A CPI da Saúde foi proposta pelos vereadores Luiza Ribeiro (PPS) e Zeca do PT após o escândalo da máfia sul-mato-grossense da saúde, denunciada pela Polícia Federal há duas semanas e que envolve desvio de dinheiro público dos hospitais do Câncer e Universitário.
No último dia 26, 20 vereadores rejeitaram a instauração da CPI alegando que uma investigação parlamentar poderia causar mais prejuízos aos pacientes das instituições médicas. Outro motivo alegado pelos parlamentares foi que o caso já é investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU).
Como a proposta da CPI atingiu nove assinaturas a favor – para a instauração eram necessárias 10 assinaturas. Uma Comissão Especial para acompanhar o caso foi criada pela Casa de Leis. Além dos vereadores da Comissão Permanente de Saúde, os parlamentares Luiza Ribeiro, Zeca, Gilmar da Cruz (PRB) e João Rocha (PSDB), fazem parte do grupo que vai acompanhar as investigações do MPE.
Votaram a favor da CPI da Saúde os vereadores Luiza Ribeiro (PPS), Zeca do PT, Ayrton Araújo (PT), Rose Modesto (PSDB), Cazuza (PP), Chocolate (PP), Eduardo Romero (PT do B), Gilmar da Cruz (PRB) e Paulo Pedra (PDT). Os 20 que votaram contra foram: Coringa (PSD), Dr. Jamal (PR), Chiquinho Teles (PSD), Otávio Trad (PT do B), Delei Pinheiro (PSD), Grazielle Machado (PR), Alceu Bueno (PSL), Herculano Borges (PSC), Paulo Siufi (PMDB), Mario Cesar (PMDB), Carlão (PSB), Flávio César (PT do B), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Airton Saraiva (DEM), João Rocha (PSDB), Elizeu Dionísio (PSL), Edson Shimabukuro (PTB), Alex do PT e Edil Albuquerque (PMDB).