Suspeitas de pagamentos irregulares de plantões médicos na rede municipal de saúde de Campo Grande levaram o Conselho Municipal de Saúde a protocolar uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS). O pedido solicita a abertura de auditoria para apurar possíveis falhas na gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), durante a administração da prefeita Adriane Lopes (PP).
A denúncia ganhou força após reportagem publicada em junho de 2025 revelar a existência de uma suposta “máfia dos plantões fake”. Conforme as informações, médicos em cargos de chefia em unidades de urgência e emergência estariam recebendo por até 14 plantões mensais sem cumprir as escalas, limitando-se, em tese, à assinatura dos registros de presença.
Segundo o Conselho, a Sesau foi acionada diversas vezes para apresentar documentos que comprovassem o controle de frequência e a fiscalização dos plantões, mas as respostas foram consideradas genéricas e sem dados individualizados. Após os primeiros esclarecimentos, a secretaria teria deixado de responder aos novos questionamentos, mesmo diante de denúncia anônima que ampliou a lista de profissionais envolvidos, incluindo médicos e enfermeiros em cargos de gestão.
De forma preliminar, o Conselho estima que o prejuízo aos cofres públicos possa chegar a cerca de R$ 2 milhões por mês, caso as irregularidades sejam confirmadas. No pedido ao TCE-MS, o órgão solicita a análise dos pagamentos de forma retroativa a 2020 e a adoção de medidas corretivas e sancionatórias. A prefeitura de Campo Grande foi procurada, mas ainda não se manifestou.
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