A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte coletivo de Campo Grande, após concluir a segunda fase, passará agora para vistorias in loco. Os vereadores irão inspecionar as garagens e autarquias para apurar divergências identificadas nos documentos apresentados pelas agências de fiscalização e pelo Consórcio Guaicurus. As visitas serão realizadas sem divulgação prévia para não prejudicar a fiscalização.
Durante uma reunião realizada nesta quarta-feira (4), o presidente da CPI, vereador Dr. Lívio Viana, destacou as inconsistências encontradas nos documentos da Agereg e Agetran, que indicam diferenças em relação aos depoimentos das agências e técnicos. Entre as divergências, está a frota de ônibus, que foi inicialmente reportada como 300 veículos, mas depois corrigida para 198. A CPI também investigará a idade média dos ônibus, com discrepâncias entre os números apresentados nos documentos e nas oitivas.
A partir da próxima semana, a terceira fase da CPI dará início aos depoimentos de ex-funcionários do Consórcio Guaicurus, enquanto a quarta fase ouvirá motoristas e realizará uma audiência pública para escutar os usuários do transporte coletivo. Entre os depoimentos já agendados estão os de Clebson Gamarra e Weslley Conrado, ex-funcionários do consórcio, e Robson Luiz Stringari e Paulo Vitor Brito de Oliveira, ex-gestores do Consórcio Guaicurus.
Após todas as fases de investigação, será elaborado um relatório final, que incluirá possíveis sugestões de indiciamentos e encaminhamentos ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A expectativa é que os trabalhos da CPI sejam concluídos no prazo de 180 dias.
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