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Frente Parlamentar de Recursos Hídricos

Pesquisadores da UFMS identificam novo aquífero em São Gabriel do Oeste

Com isso, o Mato Grosso do Sul passa a contar com nove sistemas aquíferos oficialmente identificados

Viviane Freitas
Capital News

Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) confirmaram, após dez anos de estudos, a existência de um novo sistema aquífero no estado. Localizado em São Gabriel do Oeste, o reservatório subterrâneo foi batizado de Aquífero São Gabriel do Oeste (ASGO) e, até então, era considerado parte do Aquífero Guarani. A descoberta foi apresentada nesta quinta-feira (23) durante reunião da Frente Parlamentar de Recursos Hídricos, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Com isso, o estado passa a contar com nove sistemas aquíferos oficialmente identificados.

O deputado Renato Câmara (MDB), coordenador da Frente Parlamentar, destacou a importância estratégica da água para o futuro de Mato Grosso do Sul e reforçou a necessidade de monitorar os recursos subterrâneos. “As pessoas fazem guerra por conta da água. E, no futuro, ela será estratégica para o nosso estado. Precisamos cuidar do subsolo para garantir água às próximas gerações”, afirmou o parlamentar.

Segundo o professor Giancarlo Lastoria, responsável pela pesquisa, o novo aquífero tem cerca de 1,4 mil quilômetros quadrados, abrangendo 36% do território de São Gabriel do Oeste e pequenas partes de Rio Negro e Bandeirantes. Ele explicou que o ASGO é separado do Guarani por uma camada de rochas basálticas, o que comprova que se trata de um sistema distinto. Durante o levantamento, foram georreferenciados mais de 60 poços, e constatou-se uma porosidade efetiva de 20%, superior à de outros aquíferos do estado.

As análises apontaram ainda a presença de metais pesados, como arsênio, selênio e chumbo, provavelmente decorrentes do uso antigo de insumos agrícolas, embora o arsênio não tenha sido detectado nas análises mais recentes. A água do ASGO é de boa qualidade e atende ao abastecimento rural e de pequenas agroindústrias, mas o professor alertou para o risco de contaminação por atividades agrícolas e agroindustriais, defendendo o monitoramento contínuo da área.

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