A Prefeitura de Campo Grande prepara um reforço nas castrações de cães e gatos em 2026, após interrupções que agravaram a superpopulação de animais na cidade. A meta é realizar 20.664 procedimentos ao longo do ano, cerca de 1.722 cirurgias por mês, segundo o Programa de Manejo Ético-Populacional instituído por lei.
A suspensão das castrações em 2025, motivada por cortes de gastos, aumentou o número de animais abandonados e expôs falhas na atualização do Censo do Centro de Controle de Zoonoses, que não contabiliza animais de rua. Protetores e veterinários alertam que a medida é urgente para evitar sofrimento animal e problemas de saúde pública.
O programa prevê que o poder público organize os procedimentos gratuitos e acompanhe o cumprimento da meta mínima mensal de 0,6% a 1% da população de cães e gatos registrada no último Censo. O investimento estimado para 2026 é de R$ 4,5 milhões, garantindo mais previsibilidade e continuidade das ações.
Representantes do Ministério Público, protetores independentes e especialistas participaram de audiência pública, destacando a necessidade de fiscalização, triagem prévia adequada e reativação do Conselho Municipal de Bem-Estar Animal (Combea). As sugestões serão encaminhadas à Prefeitura para assegurar que as políticas de proteção animal avancem de forma consistente.
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