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Legislativo Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025, 20:55 - A | A

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Confusão no plenário leva Camila Jara a ser alvo de nova representação no Conselho de Ética

Deputada afirma que agiu em defesa de parlamentares e jornalistas durante tumulto no plenário e classifica episódios como inaceitáveis para a democracia

Viviane Freitas
Capital News

A deputada federal Camila Jara (PT-MS) esteve no centro de uma nova confusão registrada no plenário da Câmara dos Deputados durante sessão realizada na terça-feira (09) em meio à discussão sobre a redução da pena de envolvidos na tentativa de golpe. O episódio ocorreu em um ambiente de forte tensão política e terminou em empurra-empurra, gritos e intervenção de seguranças da Casa.

Imagens que circularam nas redes sociais mostram a deputada deixando sua cadeira e avançando em direção a outros parlamentares durante a discussão, o que agravou o tumulto no plenário. Diante da situação, colegas e agentes da Polícia Legislativa precisaram intervir para conter os ânimos e evitar confrontos ainda mais graves. O episódio motivou críticas de parlamentares da oposição e levou o Partido Novo a apresentar representação contra Camila Jara no Conselho de Ética da Câmara.

Este não é o primeiro caso envolvendo a deputada em situações de conflito no plenário. Em agosto, Camila Jara foi acusada de empurrar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante uma sessão igualmente tumultuada, episódio que resultou em representações encaminhadas à Corregedoria da Casa. Com a nova confusão, cresce a pressão para que a Mesa Diretora e os órgãos internos avaliem a existência de eventual quebra de decoro parlamentar.

Em nota e declarações públicas, no entanto, Camila Jara contesta a narrativa de que teria agido de forma isolada ou violenta. Segundo a deputada, o contexto da sessão foi marcado por um “tumulto generalizado”, com episódios de agressão envolvendo parlamentares, jornalistas e a própria Polícia Legislativa. “Assistimos a cenas de pugilismo no plenário, com deputadas e deputados sendo agredidos pela própria polícia legislativa. Vi uma deputada sendo pisoteada e outra empurrada com toda brutalidade”, afirmou.

A parlamentar também criticou a atuação da segurança da Casa e denunciou cerceamento à imprensa durante o episódio. “Jornalistas foram impedidos de trabalhar, e a TV Câmara, num ato de censura, deixou de transmitir a sessão”, declarou. Para Camila Jara, as cenas registradas ferem princípios democráticos básicos. “As cenas que vimos são inaceitáveis numa democracia. São violentas”, disse.

Ao comentar a representação apresentada contra ela, a deputada afirmou recebê-la “com indignação” e sustentou que sua atuação teve como objetivo proteger colegas e profissionais da imprensa. “Agi em defesa das jornalistas e deputadas e deputados que vi serem agredidos por policiais legislativos”, declarou. Ela também rechaçou críticas de cunho pessoal. “Não esperem de mim passividade diante da violência”, afirmou, ao mencionar ataques machistas dirigidos a mulheres no Parlamento.

Por fim, Camila Jara disse confiar que o Conselho de Ética analisará os fatos de forma contextualizada. “Sempre pautei minha atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores do Parlamento. Qualquer narrativa que ignore o contexto seria estória, não história”, concluiu. Enquanto isso, o episódio reacende o debate sobre limites do confronto político e a necessidade de preservar o decoro e a segurança no plenário da Câmara dos Deputados.

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