A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou nesta quarta-feira (19) um projeto crucial para a modernização do Hospital Regional de Campo Grande. O governo estadual obteve autorização para contratar um empréstimo de até US$ 80 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o objetivo de viabilizar a Parceria Público-Privada (PPP) da unidade de saúde. O investimento irá garantir a realização de obras e a ampliação dos serviços prestados no hospital.
O valor do empréstimo será utilizado para garantir o pagamento ao parceiro privado responsável pelos serviços não assistenciais da instituição ao longo dos próximos 30 anos. “Esse crédito vai permitir que o Estado não precise comprometer suas próprias finanças e, ao mesmo tempo, reduz os custos anuais com a operação do hospital”, explicou o governo, que também destacou o benefício de liberar recursos próprios para outras áreas.
Entre as melhorias previstas, está a ampliação das instalações do hospital, com a construção de novas alas e a atualização das estruturas antigas. O projeto inclui ainda a implantação de soluções sustentáveis, como energia solar, climatização eficiente e um sistema de reuso de água. Com um valor estimado de R$ 954 milhões para obras e R$ 245 milhões anuais para a operação, a PPP visa garantir o funcionamento mais eficiente da unidade, ampliando a capacidade de atendimento e otimizando os serviços hospitalares.
Apesar da aprovação, a medida foi contestada por alguns deputados, que se mostraram preocupados com o impacto do endividamento em dólar e o aumento dos custos ao longo dos 30 anos de contrato. Zeca do PT, Pedro Kemp, Gleice Jane e João Henrique Catan levantaram questões sobre a entrega de serviços essenciais à iniciativa privada e os riscos envolvidos. Com a aprovação legislativa, o governo agora está autorizado a utilizar tributos estaduais como contragarantia para formalizar o empréstimo. A expectativa é que o processo da PPP avance em dezembro, com a abertura das propostas no dia 4, na B3, em São Paulo.
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