Os secretários estaduais que devem concorrer ao Governo de Mato Grosso do Sul em 2026 podem antecipar a saída dos cargos já em dezembro deste ano. A medida visa evitar desgastes com deputados e aliados, além de abrir espaço para a formação de um novo grupo político ligado ao governador Eduardo Riedel (PP).
Segundo apuração, Riedel já iniciou conversas com lideranças da federação União Progressista, discutindo a ampliação da participação do bloco na administração estadual, o que deve ocorrer a partir da saída dos auxiliares que pretendem disputar as eleições.
Entre os nomes cotados está o chefe da Casa Civil, Eduardo Rocha (MDB), que avalia retornar à Assembleia Legislativa. Rocha, marido da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) — cotada para disputar o Senado em 2026 — pode ser um dos articuladores da antecipação da saída, inicialmente prevista apenas para abril.
A proximidade de Tebet com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é vista como um fator de tensão dentro do grupo político de Riedel, que tende a defender uma candidatura de oposição ao governo federal.
Outros secretários também figuram como pré-candidatos. O titular da pasta de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, deve buscar uma vaga na Câmara Federal, enquanto o secretário de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda, planeja disputar novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Já o secretário de Educação, Hélio Daher, que chegou a dialogar com lideranças partidárias sobre possíveis composições, comunicou a aliados que não pretende participar da disputa eleitoral em 2026.
