Ricardo Stuckert/PR

Presidente do banco africano entre a ministra Simone Tebet e o chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, receberam o presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, nessa terça-feira, dia 23.
Está é a terceira vez que Adesina visita o País. O encontro com representantes da União durou cerca de uma hora, segundo divulgou a Agência de Notícias do governo.
Além de Tebet, também participaram do encontro o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, e a Ministra da Saúde, Nísia Trindade. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi um dos pontos de interesse do presidente do banco africano, que demonstrou admiração pelo forma com que o Brasil oferece acesso à saúde para a população.
O Brasil faz parte do banco africano desde 1983 como membro extrarregional. Nas agendas anteriores, Adesina veio ao Brasil como representante do governo Nigeriano e conhecer programas e políticas sociais brasileiros, além de visitar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).
“Obrigado por sempre colocar a África como uma prioridade. E seu discurso na Cúpula da União Africana demonstrou isso. Obrigado pelos esforços para que a União Africana fosse parte do G20 e parabenizo sua liderança por chamar a atenção do mundo para a necessidade de desenvolvimento, do combate à fome e à pobreza”, pontuou Adesina durante encontro com o presidente.
Lula, por sua vez, disse que "tudo o que estiver ao alcance do Brasil para colaborar com o desenvolvimento africano, em todas as áreas, nós vamos fazer”.
De acordo com Adesina, cerca de 80% dos medicamentos consumidos na África são importados. O país pretende fazer um investimento para desenvolver a produção de remédio e vê o Brasil como um parceiro para contribuir com tecnologia e capacidade de produção.
A reunião também abordou a gestão do banco africano, dando ênfase na priorização da universalização do acesso à energia elétrica, segurança alimentar e erradicação da fome, integração logística entre os países africanos, industriação, e a melhoria geral da qualidade de vida.
Akinwumi Adesina, citou, junto com a ministra Simone Tebet, a formalização da adesão do Brasil ao Pacto Lusófono, acordo que visa a desenvolver o setor privado nos países africanos de língua portuguesa, abrindo novas oportunidades para investidores brasileiros na África.
Na ocasião, a ministra lembrou que a parceria e aproximação com os países africanos é uma agenda central para o governo Federal na atual gestão e que o País está empenhado em oferecer todo apoio e colaboração técnica para o desenvolvimento da África. “O Brasil e os países africanos de língua portuguesa guardam fortes laços históricos, culturais e sociais e precisamos trabalhar para fortalecer os laços econômicos por meio de mais investimentos, comércio e cooperação”, apontou.
O executivo também demonstrou muito interesse na atuação da Embrapa, com a transformação do Cerrado em área produtiva “a savana africana é muito semelhante ao Cerrado”, concluiu Lula.