A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (21) a operação Ouro de Ofir. A investigação buscou desarticular organização criminosa que atua na forma de uma verdadeira instituição financeira clandestina perpetrando golpes para manter induzir pessoas a investir quantias em dinheiro, com o escopo de obter lucros financeiros exorbitantes.
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Estão envolvidos nas atividades referentes à deflagração aproximadamente 70 policiais federais, servidores da Receita Federal e Policiais Militares, para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de condução coercitiva, na Capital e em Terenos (MS), além de Goiânia (GO) e Brasília/DF. Na manhã desta terça-feira, um dos endereços visitados pelos policiais foi a Company, uma empresa de consultoria localizada no Centro de Campo Grande que pertence ao empresário Celso Éder Gonzaga de Araújo.
A organização criminosa convencia as vítimas da existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos. Outra modalidade de engodo é a promessa de liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN.
Estima-se que milhares de indivíduos tenham sido induzidos a investir em um projeto cujos contratos não possuem lastro ou objeto jurídico plausível (os nomes eram Operação SAP e AUMETAL). Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000% (algo desproporcional e insustentável financeiramente). Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.
O nome da Operação ouro de ofir é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.