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Polícia Sábado, 21 de Fevereiro de 2009, 09:17 - A | A

Sábado, 21 de Fevereiro de 2009, 09h:17 - A | A

Delegada diz que há suspeito no caso Carneirinha

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A delegada especial da mulher, Claudia Gerei, disse que continuam as investigações sobre o caso Carneirinha (apelido da adolescente Thais Francisca de Oliveira, 16 anos, morta e estuprada na madrugada de primeiro de fevereiro de 2009, que teve o corpo desovado em um canavial, na margem esquerda da rodovia MS-165, que liga a cidade de Naviraí ao assentamento Juncal. Ela afirmou que há um suspeito.

Claudia Gerei disse que dilegências continuam sendo feitas pela equipe do Serviço de Investigações Gerais (Sig), sob o comando dela e que as pessoas que tiveram contato com a menor, nas 24 horas antes de ela ser morta, estão sendo chamadas para depor.

A delegada disse que a polícia não pode falar em nomes, e lamenta sobre os problemas que tenham sido causados por populares ao criarem boatos com sugestões de nomes (na cidade houve comentários sobre filhos de dois empresários e sobre um homem que já teve diversas passagens pela Políca).

CAUSAS POSSÍVEIS

A delegada Claudia Gerei não quis comentar sobre as possíveis causas que possam ter levado ao assassinato de Thais (Carneirinha), mas não descarta as hipóteses de haver ligações com tráfico e/ou consumo de drogas, prostituição ou algum tipo de vingança.

Algumas pessoas que estão sendo investigadas ou ouvidas, já receberam fortes ameaças, como uma adolescente, que estava na Delegacia de Polícia de Atendimento à Mulher, e que seria ouvida pela delegada, logo após o atendimento à reportagem. Ela afirmou que esteve com Thais antes da meia-noite do sábado (31 de dezembro), e ela estava alcoolizada.

A adolescente disse que deixou Thais e foi embora para a sua casa, para dormir. Ela disse que era o seu segundo depoimento nesta semana e que havia dito que não tem nada há ver com o caso.

A adolescente inquerida pelo Sulnews não respondeu se a vítima era ou não usuária de drogas ou se tinha algum tipo de ligação com o tráfico de droga ou venda de drogas nas chamadas “bocas”, que estão sendo investigadas pela Polícia Civil (inclusive com o recente fechamento de algumas delas, com prisões efetuadas).

A delegada Claudia Gerei não comentou sobre o laudo pericial feito na região do canavial localizado há cerca de quatro quilômetros da cidade de Naviraí, onde foi encontrado o corpo feminino (Thais Francisca de Oliveira).

A delegada disse que os policiais militares, em depoimento e em documento anexado ao inquérito policial civil, reafirmaram o que haviam dito ao Sulnews, de que os policiais militares teriam sido avisados por um carroceiro, que teria fugido, assustado, e que logo após teria havido uma perseguição (com troca de tiros) a um, carro, que seria um Chevrolet Astra, de cor prata. Porém, Claudia Gerei não quis comentar se a bordo do carro havia mesmo um homem e uma mulher, como foi dito pelos PMs para a reportagem.

No meio do canavial, o corpo foi encontrado com sinais nítidos de agressão e de estuprada. A primeira vista, não há marcas de tiros (o Sulnews não teve acesso ao laudo pericial). Quando foi encontrado, o corpo estava sem as peças da cintura para baixo e a blusa avermelhada cobria o seio. Na vagina foi jogado um monte de terra. E no pescoço havia marcas de possível estrangulamento e havia marcas de tentativa de queima do cadáver. 

No lado oposto ao carreador, os policiais encontraram o par de chinelos de correia rosada com as duas peças separadas por mais de cinco metros e entre eles estavam as vestes floradas. No carreador havia marcas de rodas de pneus de carro de passeio e de carroça. Os policiais militares disseram que encontraram também uma camisinha, com marcas de esperma. As investigações prosseguem até que caso seja esclarecido, haja a prisão do culpado ou culpados e até que os acuados sejam entregues para a Justiça.(Com informações do SulNews)

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