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Dois ônibus foram incêndiados segundo a Polícia Militar. Um outro ônibus foi apedrejado. Casos aconteceram de madrugada.
Três homens foram presos e três adolescentes apreendidos na madrugada desta quinta-feira (14) suspeitos de envolvimento em ataques a ônibus em Campo Grande. Segundo a Polícia Militar (PM), a ordem pode ter partido de dentro de uma penitenciária.
“Em virtude da ação dos agentes penitenciários na penitenciária de Segurança Máxima, houve essa retaliação. Após isso, alguns presídios em Mato Grosso do Sul entraram em princípio de rebelião”, afirmou o subcomandante-geral da PM, coronel Francisco Ovelar.
Dois ônibus do transporte coletivo foram incendiados e um particular foi apedrejado. “Uma pessoa que foi presa deu o nome de um mandante, que vai ser investigado pela Polícia Civil. Não sabemos esse mandante pertence à alguma organização criminosa”, disse Ovelar.
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Coronel Francisco Ovelar durante coletiva nesta quinta-feira (14)
Durante a operação pente-fino no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, alguns detentos se recusaram a colaborar com a ação, o que provocou o tumulto. Agentes penitenciários em treinamento integraram a ação.
Houve ainda tumultos em penitenciárias de Dourados, Corumbá e Dois Irmãos do Buriti. Detentos forçaram as grades das celas, mas não foram registradas fugas. Os ataques em Campo Grande, como observou a PM, tinham apenas o objetivo de chamar a atenção, já que ninguém ficou ferido.
O coronel orienta os moradores a denunciar caso tenham informações de novos ataques. “Se alguém souber de pessoas que estão planejando e querendo agir dessa forma, informe. Ligue 190, procure o quartel, pode utilizar do anonimato”, finalizou.
A PM ainda não identificou o mandante dos ataques, mas a Polícia Civil vai investigar o caso. O efetivo policial nas ruas de Campo Grande será reforçado para evitar novas ações.
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Ten. coronel Marcos Paulo detalhou o trabalho da PM
Pânico
O comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar de Choque (19° BPChq), tenente-coronel Marcos Paulo Gimenez, disse que os militares realizaram rondas na região sul da cidade após os ataques e localizaram os suspeitos. “Um dos que foram presos não participou da ação. Ele foi encontrado em posse de entorpecente, e era pai de um dos que participaram da ação”, explicou Gimenez.
Os ataques foram registrados nos bairros São Conrado, Parque do Lageado, Dom Antônio Barbosa e Aero Rancho. Segundo o BPChq, todos os suspeitos tem passagem pela polícia por tráfico de drogas.
Um ônibus particular quase foi incendiado, mas o motorista conseguiu escapar do ataque. “Chegaram a jogar gasolina nele [motorista], mas conseguiu fugir com o ônibus. E foi o ônibus que foi apedrejado”, afirmou o tenente-coronel.
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