A PRF (Polícia Rodoviária Federal) emitiu alerta sobre quadrilhas que começam a agir em Mato Grosso do Sul aplicando golpe de venda de carros clonados. O esquema funciona da seguinte forma: nomes de pessoas reais (laranjas) são usados para compra a prestação de veículos usados. Depois, o bando adultera os documentos, placas e chassis dos carros, criando desta forma, um “dublê”. Este “novo” veículo é comercializado em diversos Estados. A grande maioria dos compradores adquirem o carro com boa-fé.
O caso mais recente foi registrado ontem, 30 de julho, na rodovia BR-262, em Ribas do Rio Pardo (a oeste da Capital). A descoberta, desta vez, foi ocasional, após um acidente.
Durante o meio da tarde, no quilômetro 242 da estrada, o carro Ford Fiesta placa aparente DHK-8681(de Indaiatuba – SP) saiu da pista e, devido a danos na suspensão, não pode ser removido até a chegada da PRF. Outro carro estava prestando socorro; o Fiat Palio placa aparente EQD-1003 (de Indaiatuba – SP).
Chassis dos veículos eram iguais aos de outros carros | Foto: Divulgação PRF
Os veículos e os documentos apresentados pelos condutores continham suspeitas e foram averiguados minuciosamente pelos policiais, segundo a PRF. No momento da consulta aos sistemas da Polícia, um dos motoristas – o comerciante H.B.P, 20 anos, condutor do Fiat Palio – fugiu pelo matagal às margens da rodovia, deixando todos os seus pertences, inclusive documentos pessoais.
Já o condutor do Fiesta – o motoboy V.A.T. C., 39 anos, – declarou, de acordo com a PRF, que recebia uma certa quantia para trazer o veículo até Campo Grande; onde, segundo o motorista, seria comercializado.
Diante dos indícios de ilicitude, como sinais de adulteração dos chassis e dos documentos dos veículos (inclusive erro na grafia: “Sedam” no lugar de Sedan) e, de acordo com as declarações preliminares do suspeito, os policiais encaminharam a ocorrência à Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) da Capital.
As investigações agora, são para descobrir outros membros da quadrilha.
Documentos eram falsificados e até continham erros de ortografia | Foto: Divulgação PRF