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Polícia Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009, 18:17 - A | A

Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009, 18h:17 - A | A

Arcanjo volta ao presídio federal de Campo Grande

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Mais uma vez, o ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro, se viu frente a frente com a Justiça. Ele participou, nesta sexta (20), de uma audiência na 13ª Vara Criminal, no Fórum de Cuiabá (MT), para acompanhar o depoimento de várias testemunhas, no processo em que é acusado de ter desviado 11 mil toneladas de soja. O desvio teria sido feito de uma cooperativa “laranja”, a Coopergrão, com sede em Poconé (100 km ao Sul de Cuiabá). Foram arroladas 15 testemunhas de defesa e apenas três de acusação, porém, compareceram apenas uma de acusação e oito de defesa.

A principal testemunha de defesa de Arcanjo era o contador da empresas do ex-bicheiro, Luiz Roberto Dondo Golçalves, que ficou pouco mais de quinze minutos na sala de audiências e saiu do jeito que chegou: calado, sem dar nenhuma declaração aos jornalistas.

Na quinta (19), Arcanjo esteve na Justiça do Trabalho para uma audiência de conciliação - um ex-cambista reclamava de supostos direitos após ter trabalhado 13 anos para o ex-bicheiro, período em que ele comandava o jogo do bicho em Mato Grosso, por meio da empresa Colibri.

Arcanjo é, hoje, o retrato da degradação: magro, sem barba ou bigode, expressão envelhecida. O outrora todo-poderoso chefe do crime organizado em Mato Grosso está preso atualmente no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS).

Ele permanece em Cuiabá até a noite desta sexta-feira, ocupando uma cela no Pascoal Ramos e retorna para Campo Grande (MS) no sábado (21), em vôo marcado para às 17h10. Segundo se apurou, os custos com a viagem de Arcanjo ficaram em cerca de R$ 47 mil, pagos pelo Estado.

A audiência desta sexta-feira, que começou às 8h30, foi presidida pelo juiz Adilson Polegato de Freitas e teve como promotora Ana Cristina Bardusco, da Delegacia de Polícia Fazendária. Além do desvio de grãos, Arcanjo teria deixado de recolher aos cofres públicos cerca de R$ 2,7 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre parcela do produto que teria sido retirada do Estado.

A defesa do ex-bicheiro, por meio do advogado Zayd Arbid, reconheceu a dificuldade de defender o acusado no processo, uma vez que não existiria nenhuma prova material do envolvimento do seu cliente nessa acusação, muito menos qualquer documento que comprove que Arcanjo tenha assumido o controle da cooperativa. (MidiaNews)

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