Vagner Aurélio, de 59 anos, foi preso em flagrante pelo feminicídio de Érica Regina Mota, de 46 anos, encontrada morta com ao menos seis facadas em sua casa, na noite de segunda-feira (25). O crime marca o 23º caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul em 2025.
Segundo o delegado Lúcio Marinho, responsável pelo caso, o suspeito alegou ter agido em legítima defesa após ser atacado por Érica e uma terceira pessoa que estaria no imóvel. Ele afirmou ainda que a vítima havia ido até sua residência para prestar serviços sexuais. No entanto, quatro testemunhas ouvidas pela polícia contestaram a versão apresentada.
A polícia foi acionada após uma vizinha encontrar uma faca suja de sangue em seu quintal e denunciar o caso. Ao entrar na casa, os militares localizaram Érica em uma poltrona, já sem vida, com múltiplas perfurações de faca, além de sinais de luta e grande quantidade de sangue no ambiente.
Poucas horas depois, Vagner foi localizado na rodoviária de Bataguassu, a 335 km de Campo Grande, onde comia um salgado e bebia cerveja. Ele ainda estava com manchas de sangue nas roupas e lesões pelo corpo. Ao ser detido, declarou ter matado outras duas mulheres em situações semelhantes.
Testemunhas relataram à polícia que Érica estava sendo mantida em cárcere privado e impedida de sair da residência. Uma vizinha disse que era comum ouvir discussões e gritos vindos do local.
De acordo com relatos, Vagner costumava levar prostitutas para casa e consumir drogas. No dia do crime, duas profissionais do sexo e uma suposta cafetina estiveram na residência. Elas contaram aos policiais que, horas antes de ser morta, Érica pediu ajuda por telefone, afirmando que havia sido agredida e não conseguia sair do local.
