O líder de uma organização criminosa altamente estruturada, desarticulada na Operação Blindspot, deflagrada nesta quarta-feira (9) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Campo Grande (MS), foi identificado como um garagista. A quadrilha é apontada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) como responsável por uma extensa rede de distribuição de cocaína e pasta-base no país.
Durante a ação, que teve como foco o cumprimento de 37 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão, também foi identificado o envolvimento de um policial penal, que já havia sido alvo de operações anteriores do Gaeco. Apesar de o MPMS ter solicitado sua prisão, o pedido foi indeferido pela Justiça, e o agente responde apenas a mandados de busca e apreensão.
Em Corumbá, uma das cidades-alvo da operação, um dos investigados foi preso com 20 munições calibre .380, encontradas intactas dentro de um guarda-roupa na residência localizada no bairro Previsul. Uma pessoa foi conduzida à delegacia para prestar depoimento.
Além de Corumbá, os mandados também foram cumpridos nos municípios sul-mato-grossenses de Dourados e Ladário, e em oito cidades fora do estado: Caiuá, Campinas, Mairinque, Mirandópolis, São José do Rio Preto e São Paulo (SP), além de Uberaba (MG).
A Operação Blindspot — nome que faz referência à tática da quadrilha de ocultar drogas em "pontos cegos" da fiscalização, como estepes, mochilas e cilindros de oxigênio adulterados — teve início com investigações em setembro de 2024. Já na fase inicial, foram apreendidos mais de 424 kg de entorpecentes, incluindo cocaína, pasta-base, haxixe marroquino e skunk, transportados de forma camuflada.