Um processo de R$ 100 milhões envolvendo a Suzano e a Eldorado Brasil Celulose está paralisado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. A disputa gira em torno do uso, sem autorização, de uma variedade de eucalipto patenteada pela Suzano. O caso ganhou ainda mais destaque após a participação de quatro desembargadores investigados por venda de sentenças na Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal.
Em 2023, a Eldorado venceu na segunda instância após mudança de voto do desembargador Júlio Siqueira, que foi seguido por outros dois magistrados alvos da PF. A decisão contrariou a sentença de primeira instância, que condenava a Eldorado pelo uso indevido da cultivar VT02. A Suzano entrou com embargos e, desde então, o caso está suspenso.
A atual composição da 4ª Câmara Cível, com juízes substitutos e apenas um desembargador do julgamento anterior, decidiu esperar o desfecho de um processo que tramita na Justiça Federal. Nele, a Eldorado tenta anular a patente da cultivar desenvolvida pela Suzano, alegando que ela seria similar a uma variedade de domínio público.
Procuradas pela Capital N, a Suzano informou que não comenta processos em andamento, mas confia em uma decisão favorável. A Eldorado ainda não se pronunciou.