Jamil Name Filho, o "Jamilzinho, foi interrogado nesta terça-feira (18), durante o júri em andamento por homicídio qualificado em Campo Grande. "Eu não fui mandante da morte de Paulo Xavier, nem de ninguém", disse durante o seu depoimento.
Jamilzinho ainda disse nunca ter tido contato com o ex-guarda civil, Juanil Miranda Lima, que foi identificado como um dos pistoleiros responsáveis pela execução de Matheus Coutinho.
No depoimento, Name Filho disse que não sabia que o ex-guarda Municipal Marcelo Rios tinha guardado um arsenal na casa do pai dele, no Monte Líbano. Jamilzinho negou todos os crimes imputados a ele, inclusive o de ser dono do jogo do bicho na cidade.
Julgamento
O julgamento sobre a morte de Matheus deve encerrar nesta quarta-feira (19). Hoje, após as testemunhas e réus serem ouvidos, começa os debates entre acusação e defesa. Após os debates tem-se a réplica. Os jurados, entre eles cinco homens e duas mulheres, vão para uma sala secreta, respondem ao questionário de sim ou não. Após a votação o juiz Aluízio Pereira dos Santos comunica a sentença
Omertá
Inicialmente, a operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
Na terceira fase da operação também foi preso em Campo Grande o delegado Obara, acusado de receber R$ 100 mil em propina. Além da Capital, os policiais também estiveram na cidade de Ponta Porã. Conforme a investigação, o alvo era o empresário Fahd Jamil Georges, vulgo “Fuad". Conhecido como “padrinho da fronteira”, Fahd Jamil é ligado ao empresário campo-grandense Jamil Name Filho, que está preso desde o início do ano de 2020 acusado de comandar um grupo de extermínio na Capital.