Claudinei Aparecido da Silva, de 29 anos, foi condenado a 37 anos de prisão em regime fechado pelo feminicídio da ex-esposa Lucilene Freitas dos Santos, de 33 anos. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (21), na 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
O crime aconteceu na noite de 10 de outubro de 2023, no bairro Jardim Presidente, durante um churrasco que comemorava o aniversário de um dos filhos do casal. Lucilene foi morta com um disparo na cabeça.
Em plenário, Claudinei alegou que o tiro teria sido acidental: “Ela [revólver] disparou e acertou minha esposa. Quando vi, ela tava caída no chão”, declarou. Contudo, não soube explicar como ocorreu o disparo.
A defesa tentou desclassificar a acusação para outro crime não doloso contra a vida, além de pedir absolvição quanto ao porte ilegal de arma de fogo.
O Conselho de Sentença rejeitou as teses defensivas e reconheceu a materialidade e autoria do feminicídio, com a causa de aumento prevista em lei, já que o crime foi cometido na presença dos filhos da vítima. Também foi confirmada a condenação pelo porte ilegal de arma de fogo.
A sessão foi presidida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, que fixou a pena em 37 anos de reclusão.