Campo Grande 00:00:00 Segunda-feira, 07 de Julho de 2025


Judiciário Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 13:24 - A | A

Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 13h:24 - A | A

Operação Tromper

Claudinho Serra pode ser solto após julgamento de habeas corpus

Ex-vereador está preso por liderar esquema de corrupção em Sidrolândia

Viviane Freitas
Capital News

O habeas corpus do ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), será julgado nesta terça-feira (8) pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Preso desde 5 de junho, ele é acusado de chefiar um esquema de corrupção ligado à Prefeitura de Sidrolândia. O empresário Cleiton Nonato Corrêa, também detido, terá o pedido de liberdade analisado na mesma sessão.

A prisão de Claudinho ocorreu durante a 4ª fase da Operação Tromper, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que também deteve o assessor Carmo Name Junior. Claudinho havia sido preso pela primeira vez em 2024, na 3ª fase da mesma operação, e foi capturado novamente em seu apartamento de luxo em Campo Grande.

Segundo o MPMS, o grupo criminoso liderado por Claudinho fraudava licitações e contratos administrativos, desviando recursos públicos em Sidrolândia. As empreiteiras envolvidas teriam recebido mais de R$ 34 milhões da prefeitura. A nova fase da investigação mirou mais de 20 pessoas, incluindo familiares do ex-vereador, como sua esposa e seu pai.

A denúncia do Ministério Público resultou na transformação de 23 investigados em réus por corrupção. A delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontou pagamentos irregulares em diversos setores da prefeitura, como a Fundação Indígena, abastecimento de veículos, repasses a servidores e o Cemitério Municipal.

A defesa de Claudinho aguarda o julgamento definitivo do habeas corpus para tentar reverter a prisão. Caso seja concedido, o ex-vereador pode deixar a cadeia após mais de um mês detido. O caso segue sob apuração da Justiça e do Ministério Público.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS