O ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, foi taxativo ao afirmar que o etanol brasileiro não representará agressão à Amazônia, ao Pantanal, nem substituirá a vegetação nativa em qualquer bioma do país. Ele participa da mesa redonda Biocombustíveis e Mudança Climática, da 1ª Conferência Internacional sobre Biocombustíveis que ocorre no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo.
A área do meio ambiente está participando decisivamente do Programa Brasileiro de Biocombustíveis e posso garantir que o etanol não representará agressão ao meio ambiente, disse o ministro a uma platéia de mais de quarenta chefes de delegação de diversos países da Europa, da África, da Ásia e da América Latina, além dos Estados Unidos.
Minc defendeu que a liderança em relação à produção dos biocombustíveis seja repartida com outros países e apontou que o caminho para que se alcance esse objetivo é a transferência de tecnologia. Temos interesse que os biocombustíveis se transformem em comodities e podemos estender a tecnologia para parceiros da América Latina, da África e do continente asiático como forma objetiva de reduzirmos as emissões e atacarmos esse problema que é a mudança climática, afirmou.
Ele adiantou ainda que o primeiro Plano Brasileiro de Mudanças Climáticas deverá ser assinado pelo presidente Lula no início de dezembro, antes da Conferência das Partes das Nações Unidas Sobre o Clima, na Polônia, onde serão discutidas metas pós-Kyoto.
A conferência, que teve início no dia 17, conta com a participação de representantes de 50 países e foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar as discussões em torno dos biocombustíveis, principalmente do etanol, e atrair investimentos internacionais para essa tecnologia pioneira.
A Conferência irá até sexta-feira, dia 21, com a participação do presidente Lula que deverá participar do encerramento do encontro. (ASCOM)