Após cerca de três horas de atraso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) chegou ao município de Paulicéia (SP), na divisa com Brasilândia (MS) para assinar termo que autoriza a Companhia Energética de São Paulo (CESP) a transferir a ponte que interliga os municípios ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A solenidade conta com a participação de vários deputados do Estado de São Paulo, e prefeitos da Alta Paulista, além do deputado federal Antônio Biffi (PT/MS), deputado estadual Akira Otsubo (PMDB), a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB), dentre outras autoridades.
Durante pronunciamento, o governador José Serra disse que vai batizar a ponte com o nome do senador Ramez Tebet, falecido em 2006. O governador conclamou os deputados e legisladores a apoiarem a homenagem e votarem a favor da proposta.
PONTE
Na ocasião, foi liberado o tráfego sobre a ponte, utilizando os acessos existentes para a travessia no local, que é feita atualmente por balsas. O Dnit, com a transferência, ficará responsável pela guarda e fiscalização do patrimônio e já está providenciando a execução dos acessos definitivos à ponte, tanto do lado paulista, como do lado sul matogrossense.
A ponte, com uma extensão de 1.700 metros, porá fim à lenta travessia do rio por balsas. Com ela, a produção do Mato Grosso do Sul escoará com mais facilidade: esta será a primeira via de acesso da região rumo ao estado de São Paulo – onde se concentram não apenas portos e centros de distribuição, mas também boa parte de seu mercado consumidor. O trajeto vai beneficiar toda a região, reduzindo sensivelmente as distâncias entre centros produtores e centros de consumo e exportação, beneficiando diretamente a economia e propiciando a integração regional entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A nova ponte é uma obra compensatória para as cidades afetadas pela construção pela CESP da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sergio Motta (Porto Primavera). Em julho de 1998, foi firmado um acordo entre a CESP e a Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP). As obras estruturais da ponte ficaram a cargo da CESP. A primeira parte, composta pela infraestrutura, ou seja, fundações e blocos, e pela estrutura intermediária, isto é, pilares e vigas travessas, foi finalizada em novembro de 2001, a um custo de R$ 83 milhões, assumido totalmente pela CESP.
A segunda parte da obra, que contempla a superestrutura da ponte – vigas, lajes, pilares centrais, estais, pavimentação, sinalizações, construção e instalação dos flutuantes para proteção dos pilares do vão de navegação – também está pronta, a um custo de R$ 82 milhões, dos quais R$ 16,4 milhões desembolsados pelo governo paulista, sendo o restante assumido pelo Dnit.
A construção dos acessos à ponte, tanto do lado paulista quanto sul-matogrossense, é de responsabilidade do Dnit e está previsto o investimento de R$ 28 milhões, e sua construção já está em processo de licitação. (Com informações de Perfil News)