Mato Grosso do Sul passou de Estado preocupação para exemplo na gestão e controle da mortalidade infantil indígena. Os bons resultados conseguidos foram motivo de elogio dos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito de Subnutrição de Crianças Indígenas da Câmara Federal.
Dourados era o município brasileiro com maior índice, mas devido ao trabalho desenvolvido pelo governo do Estado em parceria com a Funasa, a situação foi contornada.
Em 2000, de cada mil crianças indígenas nascidas no Estado, 140 morriam. Esse índice, nos primeiros quatro meses de 2008, caiu para 72/1000 óbitos. As ações desenvolvidas desde o ano passado têm merecido destaque nacional de boa gestão por combater diretamente os principais fatores apontados como determinantes para a mortalidade de crianças com idade entre zero e 59 meses.
Segundo a CPI e a Funasa, desnutrição, falta de terras, de atenção básica de saúde, de saneamento e de educação são causas fundamentais para o óbito de crianças indígenas. Em Mato Grosso do Sul, esses fatores estão sendo eficazmente combatidos.
“O trabalho em parceria com a Funasa, realizando ações ordenadas como a Casa Dia com orientação médica e nutricional, mais os Centros de Referência em Assistência Social (Cras), a manutenção da distribuição de cestas alimentares pelo governo do Estado, a melhoria no saneamento com construção de casas nas aldeias e construção de escolas – já fizemos quatro e estamos construindo mais sete – fazem parte do conjunto de ações que trouxeram resultados mais positivos”, avaliou o coordenador estadual de Assuntos Indígenas, Paulo Reis.
O trabalho é contínuo. A próxima ação do governo é um pacote de investimentos no valor de R$ 12 milhões para reduzir a mortalidade, capacitar os trabalhadores e comprar patrulhas mecanizadas para serem usadas nas lavouras.
A população indígena de Mato Grosso do Sul é a segunda maior do País. São 62 mil pessoas de oito etnias, abrigadas em 72 aldeias, distribuídas em 27 municípios. (Informações da Agência de Notícias do Estado/Tv Morena)