O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS) realizou assembléia na última sexta-feira (14) para debater as ações a serem realizadas com relação à prisão do médico douradense, João Pedro de Souza Schwab, acusado de omissão de socorro no Hospital de Traumas de Dourados.
Em nota, o CRM/MS lamenta o ocorrido e afirma que já foi aberta sindicância interna para apurar o fato. Além disso, o conselho também defende que não foi dispensado ao médico tratamento adequado por parte dos policiais que efetuaram sua prisão, uma vez que foram usadas algemas, o que já está proibido através de súmula do Superior Tribunal Federal. O conselho pede ainda a possibilidade de abuso de autoridade ser investigada.
Na nota, o CRM/MS “deixa clara sua enorme e grave insatisfação com o tratamento dispensado ao médico, garantindo-lhe inclusive o direito ao desagravo público (se assim for requerido), preso de maneira abusiva e desnecessária, enquanto exercia sua profissão num hospital de urgência. Sempre se espera das autoridades policiais tratamento mais digno e respeitoso para aqueles que têm como objetivo de vida zelar pela saúde do ser humano”.
O CRM/MS também diz que vai apurar se o médico Wesley Giovany Pereira, de Tacuru, que acompanhou o idoso que acusou o médico de omissão de socorro, está inscrito no conselho e pode indiciá-lo por exercício ilegal da profissão.
Por fim o conselho afirma que fez uma vistoria no Hospital de Urgência e Trauma de Dourados e constatou que, apesar da melhora no atendimento à população em relação a novembro de 2007 e maio de 2008, devido ao maior número de especialidades disponíveis e devido ao implemento de meios diagnósticos e maior facilidade para exames, o hospital ainda precisa de maior aporte de material permanente para a sala de estabilização e também se constatou que o hospital permanece sem regimento interno e sem registro no CRM/MS.




