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Polícia Terça-feira, 14 de Abril de 2015, 09:03 - A | A

Terça-feira, 14 de Abril de 2015, 09h:03 - A | A

Adeus à Cira

Morre mulher que foi mantida em cárcere privado por 22 anos

Luana Rodrigues
Capital News

A ex-empregada doméstica Cira da Silva (46), que foi mantida presa pelo marido por 22 anos, morreu nesta segunda-feira (14), em Campo Grande. O motivo seria um câncer que começou na perna e se alastrou pelo corpo. Cira está sendo velada na rua 13 de Maio, na Capital.


Em dezembro de 2013, a história de Cira ficou conhecida no Brasil inteiro, após a polícia descobrir que ela e os quatro filhos viviam em condições desumanas e ainda eram mantidos em cárcere privado em uma casa no bairro Aero Rancho.

Na época, a própria mulher contou que ela e os filhos eram espancados pelo marido. Além disso, na casa não havia condições de moradia, eles eram obrigados a fazer necessidades fisiológicas em um buraco no quintal e o banho também era para fora, já que na casa não havia banheiro. Para comer só havia arroz.

Após ser resgatada, a família foi levada para um abrigo e depois foi para a casa do pai de Cira, no bairro São Francisco. Já Ângelo da Guarda Borges, recebeu liberdade condicional em janeiro de 2015, sob as condições de ter ocupação lícita, comparecer bimestralmente ao patronato penitenciário, não se ausentar da comarca, recolher-se à sua residência até 21h30, não se apresentar embriagado em local público e não praticar crime doloso.

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