O Sete de Dourados começou a Série D do Campeonato Brasileiro com vitória em liderança do Grupo A11. O placar de 1 a 0 sobre o Luziânia-GO deixou os douradenses com três pontos e isolados na frente, contra um ponto de Anápolis-GO e Sinop-MT, que empataram sem gols. Na segunda rodada, neste domingo, o Sete enfrenta os mato-grossenses como visitante, mas a partida, devido a falta de laudo de combate ao incêndio do Estádio Gigante do Norte, irá acontecer no Estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, cidade 160 km distante de Sinop.
A impossibilidade de jogar em casa o primeiro jogo como mandante revoltou o presidente do clube, Luís Felipe, que nem acompanhou a delegação para Goiás no fim de semana para tentar agilizar a liberação do documento, que acabou não sendo aceito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). “É revoltante saber que ele [o jogo] deve ser disputado em Lucas do Rio Verde. A prefeitura teve um bom tempo, mas deixou para última hora. Falta ética e competência lá dentro. Aliás, o que sobra é incompetência. Não jogar a primeira em casa será um prejuízo muito grande”, lamentou em entrevista ao GloboEsporte.com/MT.
De acordo com o dirigente, a prefeitura municipal de Sinop teve cerca de 50 dias para providenciar os laudos para que os jogos fossem disputados no Gigante do Norte, mas apenas na última semana enviou o de combate ao incêndio, não aprovado. Os outros três laudos - segurança, higiene e engenharia - foram aceitos pela entidade. O clube tenta ainda a liberação para os outros jogos em casa, contra Luziânia e a volta contra o Anápolis.
De acordo com Antônio Coca, diretor-presidente da Funed e responsável pela administração do Estádio Douradão, incidentes envolvendo estádios e casas noturnas nos últimos anos fizeram com que as vistorias fossem mais rígidas e as exigências para que os laudos fossem emitidos aumentaram muito. “Vão desde colocação de simples placas até a modificação de estruturas onde o público se concentra. Alguns estádios são antigos e não tem condições de atender todas exigências”, explica. No Mato Grosso do Sul, o Estádio Morenão é o maior exemplo do problema.