O Santos saiu na frente do Palmeiras na disputa pelo título 2015 da Copa do Brasil. Na vila Belmiro, na noite desta quarta-feira, o Peixe perdeu muitos gols, mas aproveitou uma das chances que teve e venceu o confronto de ida da decisão por 1 a 0, gol de Gabriel já no segundo tempo. O placar, porém, poderia ter sido mais folgado se Nilton não tivesse, já com o gol vazio, ter desperdiçado a chance no último lance da partida.
O resultado dá ao Santos a vantagem de jogar a partida de volta, na próxima quarta-feira (2/12), no Allianz Parque, pelo empate para conquistar o segundo título da competição. Já o Palmeiras, para ter a taça pela terceira vez, precisa vencer por dois gols de diferença. Vitória por apenas um gol, em qualquer placar, leva a decisão para os pênaltis, já que na final não há o gol qualificado.
O jogo começou com chances claras perdidas dos dois lados. Logo aos três minutos, em cobrança de falta de Robinho, Dudu tentou desviar, Vanderlei rebateu e Jackson, livre, conseguiu cabecear para fora. Três minutos depois, Arouca puxou Ricardo Oliveira na área em cobrança de escanteio. Pênalti que o árbitro Lúcio Flávio de Oliveira marcou e Gabriel, na cobrança, carimbou a trave esquerda de Fernando Prass.
Depois desses dois lances, o Santos tomou a iniciativa do jogo e o Palmeiras, que pouco criava, se encolheu ainda mais quando perdeu Gabriel Jesus que deixou o jogo machucado aos 12 minutos. O domínio santista obrigou Fernando Prass a fazer quatro defesas difíceis antes dos 30 minutos de jogo. A postura agressiva era natural para uma equipe que faz da Vila Belmiro sua maior aliada na temporada. Mas o Palmeiras se segurou bem. Não agrediu, mas enquanto teve a bola, segurava o ritmo e freava o afã santista. O goleiro palmeirense apareceu bem mais uma vez aos 39 minutos ao evitar gol certo do artilheiro Ricardo Oliveira e foi o principal responsável pelo placar ir para o intervalo em branco.
O segundo tempo continuou com Fernando Prass sendo protagonista. O jogo mal tinha recomeçado quando Gabriel recebeu na entrada da área, girou, e quando chutou, viu o goleiro crescer em sua frente. De novo com os pés, Prass salvou o Palmeiras. Contando com noite iluminada do seu goleiro, o Palmeiras manteve sua ideia de jogo. Esperava o Santos e, quem sabe, chegaria ao ataque. E numa dessas escapadas, aos 5 minutos, Barrios foi lançado, colocou na frente, e, dentro da área, levou um tranco por trás de David Braz. Palmeirenses reclamaram pênalti. Luiz Flávio mandou o jogo seguir.
Aos 22 minutos, a substituição mais inusitada do jogo. O árbitro Luis Flávio sentiu um problema na panturrilha que o impedia de acompanhar os lances e cedeu lugar para o quarto árbitro, Marcelo Aparecido de Souza. A primeira atitude do novo árbitro foi amarelar Lucas, que perderia a segunda partida da final. O apitador substituto pegou um jogo quente em campo molhado, mas segurou bem a partida.
A superioridade do Santos se transformou em números aos 33 minutos em bela jogada de Gabriel. O atacante pegou sobra de bola em disputa entre Ricardo Oliveira e a zaga palmeirense, passou entre dois marcadores e tocou na saída de Prass, que desta vez nada pôde fazer. O Palmeiras ainda perdeu o lateral Lucas, expulso aos 43 minutos e, no último lance do jogo, Ricardo Oliveira foi lançado por trás da zaga, passou por Fernando Prass e a bola sobrou limpa para Nilson tocar para o gol vazio, mas o jogador perdeu o equilíbrio e jogou a bola para fora, encerrando o jogo e deixando a disputa em aberto para a próxima semana.