Comercial e Ivinhema começaram a decidir o Campeonato Estadual 2015 com um empate sem gols em Campo Grande. Agora, os dois times voltam a se enfrentar no próximo domingo (3/05), no Estádio Saraivão e quem vencer fica com a taça de campeão e a vaga do MS na Série D do Campeonato Brasileiro. Na final depois de quatro campeonatos sem passar pela primeira fase e ainda brigando algumas vezes contra o rebaixamento, o Colorado vai precisar fazer o que nenhum clube fez desde que o campeonato recebeu esse formato, em 2010. Tirar a vantagem do Ivinhema, que fica com o título se o jogo final terminar empatado.
Jed Vieira/Gazeta MS

Comercial, de Rodolfo, vai precisar correr muito para quebrar escrita do Estadual
O campeonato com dois grupos na primeira fase e os classificados disputando quartas de final, semifinal e final começou a ser disputado em 2010. De lá para cá, foram feitos apenas ajustes no regulamento, sem mudar a fórmula. Nestas cinco edições disputadas, sempre o time que chegou com vantagem terminou com o título, utilizando ou não essa prerrogativa. Por outro lado, quatro, dessas cinco disputas, ficaram em Campo Grande. O primeiro foi o próprio Colorado, na disputa final com o Naviraiense. Mas a vantagem nem precisou ser utilizada, já que nos jogos decisivos foram duas vitórias do time da Capital. No primeiro jogo, em Naviraí, 2 a 1, de virada, e na volta, 1 a 0, no Estádio
Morenão com o maior público dos últimos anos. O time campeão, comandado por Amarildo de Carvalho, jogou com Rodolfo; Robinho, Rodrigo, Andrezão e Anderson (Rodrigo Goiano); Jocelmo, Cláudio, Washington e Gustavo Bianchini (Marcus Timóteo); Rincón e Memé.
Em 2011, a vantagem de jogar pela igualdade foi decisiva para o Cene conquistar o título sobre o Aquidauanense. O primeiro jogo foi no Estádio Olho do Furacão, em Campo Grande, e o Furacão Amarelo venceu por 3 a 1, gols de Naka, Márcio e Willian, com Daniel descontando no finalzinho. O jogo final no Estádio Noroeste, em Aquidauana, e o Azulão da Princicesa precisava de uma vitória por três gols de diferença. Abriu 2 a 0 com gols do artilheiro Daniel, mas não passou disso. O Cene, do
técnico Mirandinha, foi campeão com Carlos César; Cafu, Naka, Robson e Fabiano (Ricardo); Márcio, Baiano, Adriano e Juninho (Willian); Wanderson e Serginho. Outro time que se aproveitou dessa vantagem na decisão foi o Águia Negra em 2012. O time de Rio Brilhante poderia jogar por dois empates contra o Naviraiense, e foi justamente o que aconteceu. A paartida de ida foi no Estádio Virotão e terminou 1 a 1.
A volta, no Ninho da Águia, terminou sem gols, para festa dos torcedores rubro-negros, que comemoraram o segundo título do clube. Na decisão, Cláudio Roberto escalou o Águia com Edmar; Altino, João Renato, André Luiz e Valdinei; Roberto, Sidiclei (Shimo), Adriano e Parley (Kim); Rincón e Guilherme (Jackson). Em 2013, o Cene dominou o campeonato de ponta a ponta. Tanto que na decisão, contra o Naviraiense, nem lembrou da vantagem e venceu os dois jogos, o primeiro, no
Virotão, por 2 a 1, de virada. No segundo jogo, no Morenão, goleou por 4 a 0, gols de Rodrigo, Vina, Careca e Buiú. Válter Ferreira era o técnico do time que tinha Guilherme no gol; Arnaldo, Rodrigo, Bruno e Morais; Naka, Yuri, Vina e Uélison Santana; Careca e Buiú.
No ano seguinte, deu Cene mais uma vez, mas, apesar de não precisar utilizar a vantagem, a disputa não foi tão fácil. O adversário era o Águia Negra, que venceu o primeiro jogo em Rio Brilhante por 2 a 1. Na volta, o Furacão precisava da vitória por um gol de diferença para fazer valer a vantagem, mas venceu no Estádio Morenão por 2 a 0, gols do zagueiro Maycon, e levantou a sexta conquista da história do clube amarelo. Neste período, foi a primeira vez que um time com dois treinadores durante a campanha terminou em primeiro. Paulo Müller comandou o time na primeira fase e Cláudio Roberto assumiu o comando para as etapas decisivas. No último jogo, Cláudio escalou o time com André Moreto; Cafu (Lenon), Dubinha, Maycon e Robinho; Naka, Baiano, Eduardo (Márcio) e Andrezinho; Marcelo Tevez (Erick) e Guilherme.