Alexandre Batista de Oliveira Carvalho, mais conhecido pelos amigos como “Cuia”, este é o nome do campo-grandense de 36 anos, que integra a comissão técnica da seleção brasileira de Ginástica Olímpica, junto com a famosa técnica Georgette Vidor e com o romeno Oleg Ostapenko.
Ele iniciou no esporte nas escolinhas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, onde morou por algum tempo com sua família. Retornando para Campo Grande Cuia continuou os treinamentos na antiga Secretaria Municipal de Cultura e do Esporte (Semce), hoje conhecina como Funesp (Fundação de Esporte), projeto que existe até hoje na Capital.
Em seu currículo como atleta, um título brasileiro, títulos estaduais paulistas e cariocas, além de quatro edições em campeonatos mundiais.
Cuia conversou com a reportagem do Capital News quando estava em Londres(Inglaterra) com a seleção brasileira de ginástica olímpica, que participa de uma competição.
Agora como um dos técnicos da seleção brasileira, ele conta que sempre foi seu sonho continuar no esporte após aposentar as malhas. “Mesmo quando atleta eu já sabia que iria continuar no esporte como treinador. Na verdade, quando era atleta e treinava no Rio de Janeiro, tinha que dar aula para me sustentar até porque sai de casa muito cedo para poder treinar”, conta.
Após a crise na ginástica do Flamengo, onde trabalhava ele voltou para Campo Grande onde passou uma curta temporada. “Quando retornei para Campo Grande, foi devido a questões políticas, na época estava trabalhando como treinador no Flamengo, tínhamos uma grande equipe, mas devido a questões políticas, a Georgette acabou saindo e eu tive uma proposta para trabalhar em Guarulhos (SP), acabei indo, mas como era um projeto da prefeitura houve mudanças também na chefia e a coordenadora que havia me contratado acabou saindo”, lembra.
A volta a Campo Grande marcou sua colaboração para reestruturar as equipes de ginástica olímpica em Mato Grosso do Sul. “Eu aproveitei para tirar umas férias em Campo Grande porque eu ia voltar para São Paulo... Só que nisso o professor João Rocha através do professor Ademir ficou sabendo que eu estava na cidade e pediu para falar comigo. Com isso, fiz um projeto de rendimento, ele gostou, na época ele era secretário de esporte, eu também acreditei muito no projeto dele e acabei ficando por ai”.
Para Alexandre a chegada seleção brasileira marca um novo momento em sua vida profissional. “Bem a sensação de estar na seleção é a melhor que já tive. Há muitos anos busco por isso, fazer parte da seleção e estar entre os melhores para mim é uma grande conquista”.
O técnico da seleção afirma que a chegada dele a comissão técnica serve como incentivo para atletas e técnicos chegarem mais longe, porém é necessária uma melhor infraestrutura. “Vejo como um grande incentivo. Na época que estive em Campo Grande, vi muitas meninas com talentos. Aí tem muito material humano, pena que não tem estrutura. E a única forma de realizar um grande sonho e ir para os grandes centros. Tenho saudades sim de Campo Grande e acredito muito que um dia essa cidade possa ser um celeiro de atletas de várias modalidades só é preciso mais estrutura para os profissionais e atletas” finalizou.

Alexandre com a comissão técnica em Londres
Foto: Arquivo Pessoal/Facebook