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ENTREVISTA Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008, 14:50 - A | A

Terça-feira, 22 de Janeiro de 2008, 14h:50 - A | A

EXCLUSIVO: Presidente do Operário fala sobre o futebol no Estado, a nova parceria e os planejamentos do futuro do clube

André Lima Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Presidente do Operário Futebol Clube, Tony Vieira, concedeu entrevista exclusiva ao Capital News e falou sobre o futebol no Estado, o Campeonato Estadual de 2008, a nova parceria e os planejamentos para o futuro do clube.

CP News: O Campeonato Estadual de 2008 sofreu algumas alterações no regulamento, mais clubes foram adicionados à série A. Qual a sua opinião em relação a esse novo formato?

Tony Vieira: Essa questão do campeonato com essa fórmula eu sempre discuti e defendi para ser com 12 equipes, mas não alcançamos os votos necessários e temos que aceitar o regulamento desta forma, porque fomos minoria na votação. Acho também que foi interessante, para provar que nem todos que estavam na séria A tinham condições, como o Paranaibense e o Chapadão. E hoje aparece com grande dificuldade a equipe de Rio Verde. Depois deste campeonato nós vamos ter um “raio x” para saber quem tem condição de disputar o Campeonato Estadual da séria A.

CP News: Com as mudanças na tabela do Campeonato Estadual, algumas equipes já fizeram duas partidas e o Operário nem estreou. Isso prejudica o clube ou a competição de alguma forma?

Tony Vieira: Acredito que o campeonato não. Já a nossa equipe sim. Já era para ter jogado, o pessoal está ansioso para a estréia. Mas a questão da tabela não. Nossa chave tinha nove equipes, agora tem sete, então você tem datas para que possa cumprir tranqüilamente. No caso da outra chave é diferente. Lá tem nove equipes disputando as vagas para a série C e a classificação para o segundo turno. Então eu acho que a nossa chave está tranqüila, é questão de administrar isso e eu tenho certeza que a Federação (de Futebol) vai resolver isso.

CP News: O Reitor da UFMS, Manoel Peró acha que o estádio Pedro Pedrossian (Morenão) não pode receber jogos até que alguns procedimentos sejam tomados. Qual a sua opinião em relação a isso?

Tony Vieira: Na verdade isso é bom, se você quer trabalhar para ter um futebol forte você vai atrair um público, e para você atrair um público tem que dar a eles condição e segurança. O torcedor que vir assistir o espetáculo vai saber que depois eles vão voltar para casa com a sua total integridade física. Hoje (21) pela manhã eu estive em uma reunião com o Reitor, tive uma audiência com ele, o presidente da Federação de Futebol do Estado (Francisco Cezário), estivemos no Corpo de Bombeiros, eu lhe dei os parabéns, eu não sabia até então a situação do Morenão e ele colocou para gente várias situações. Então eu acho que ele está de parabéns, porque se a gente está trabalhando para montar uma equipe forte, nós precisamos de espaço, espaço com qualidade e condição de atender nosso torcedor. E na quinta-feira (24), às dez horas, a gente vai ter um parecer para saber se vai poder abrir outra parte, para que lá na frente à gente possa fazer esse jogo (partida adiada contra a equipe do Rio Verde), mas até lá nós vamos estar trabalhando para definir uma situação, se não puder ter jogo no Morenão, transferir para as Moreninhas. Uma vez também que o estádio das Moreninhas foi construído pelo ex-Governo do Estado e eles não tiveram o cuidado de estar falando com os órgãos competentes para a construção do estádio. O estádio das Moreninhas só pelo Corpo de Bombeiros foi reprovado em sete questões. Na parte do banheiro deixa a desejar, falta um bar, várias questões vamos ter que estar resolvendo em mutirões.

CP News: Já tem um bom tempo que não temos representantes do Estado nas séries A e B do Campeonato Brasileiro. O Operário está entre os 40 melhores clubes brasileiros no ranking da CBF. Quais são os planejamentos do clube para voltar a fazer parte da elite?

Tony Vieira: O Operário passou por várias turbulências. A gente esteve sempre acompanhando aqui dentro, mas a gente não mandava, só cumpria ordens. Ficávamos muito chateados porque tinha muita gente que assumia o clube, mas não tinham identidade com o Operário. Nós sempre éramos cobrados que o Operário só iria para frente se tivesse Operariano no comando do clube. Infelizmente nós tivemos pessoas no comando do clube que nem Operarianos eram, mas isso já são águas passadas. O Mato Grosso do Sul e outros estados do Brasil foram muito prejudicados com a criação do Clube dos 13, onde se desviou mais atenção aos clubes mais fortes e com estrutura, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Região Sul e um pouco da Bahia também. Faltou um pouco de empenho dos dirigentes na questão de brigar pela situação do futebol, mas tenho certeza que o torcedor Operariano agora com essa nova força que o Operário tem, o clube tem tudo para buscar essa vaga na série C, principalmente com o apoio desse torcedor e buscar a condição de estar na série B

 CP News: Explique-nos como é essa nova parceria do Operário.

Tony Vieira: O Operário fez um projeto e enviou para várias empresas e uma delas fechou com a gente, nós cobramos que para o Operário ir para a serie A precisava de uma parceria longa e graças a Deus essa parceria foi fechada. Outras empresas que receberam esse projeto vão poder estar se anexando a esse grupo de empresas e o que estava faltando mesmo era investimento.

 CP News: E os projetos para o futuro do Operário?

Tony Vieira: O nosso projeto é de estar no mínimo na série B até 2014, mas vislumbrando de repente a condição de estar na série A do Brasileiro, por ser um ano de Copa do Mundo, e até lá poder ter disputado uma Libertadores.

E como vai ser esse planejamento do Operário rumo à série A e a Copa Libertadores até 2014?

Tony Vieira: O nosso projeto é muito simples. É trabalhando a longo prazo com condição de se cumprir. Junto com essa nova parceria que sabe que não é fácil, vai ter que investir forte e fazer tudo que for necessário fora do campo para ter resultado positivo, contratar, buscar tudo que for possível para que o Operário tenha uma posição boa e positiva e volte a ser grande no cenário nacional.

Essa nova parceira vai investir como?

Tony Vieira: O contrato é até 2018 e muito simples, ele vai ser só no futebol profissional. A presidência do Esporte Clube São Gabriel passou a ser Superintendente de futebol profissional do Operário e comanda a parte financeira do clube. Eles vão administrar todo o recurso que entrar para contratação de novos jogadores para o Operário. É claro que muitas vezes nós vamos indicar uma situação ou outra, até agora todas as contratações nós tivemos orientando e dando algumas informações. Aquilo que for preciso da presidência do Operário para que venhamos a somar nós estamos trabalhando todos juntos porque o objetivo é o mesmo, todos estão empenhados 100% nesta causa.

CP News: E os lucros desta parceria?

Tony Vieira: O investimento no Operário vai ser o quanto for preciso para que o clube fique bem, neste período tudo que tiver de lucro o Operário vai ter uma participação de 20%, destes 5% serão destinados a sanear dívidas passadas do clube, como fornecedores e os outros 15% vão ser investidos nas categorias de base do clube, é uma coisa séria, pra dar resultado. Nós vamos entrar com zero centavo, se tiver um prejuízo de R$ 1 milhão, nós vamos entrar com zero centavo nesse prejuízo. Na situação do futebol hoje, foi um bom negócio para o Operário, e tenho certeza que isso vai repercutir em bons resultados do clube, uma equipe muito forte está sendo formada.

Qual é o valor desse investimento?

Tony Vieira: Não temos um parâmetro, cada vez que precisar vai ser investido, até o dia 27, data em que o Operário entra em campo, serão mais de 200 mil reais investidos, e para o outro jogo quando vamos estrear uma nova contratação, será um investimento ainda maior. Tudo que for preciso vai ser investido.

 

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