Vereadores usam o plenário para criticar suposto aumento da tarifa de ônibus na Capital apresentado pelo prefeito Alcides Bernal. As manifestações contrárias aconteceram durante a sessão da última terça-feira (18).
Os parlamentares lembraram que nos últimos cinco anos a tarifa do transporte coletivo de Campo Grande teve aumento de 30%. De 2010 a 2016, o valor passou de R$ 2,50 para R$ 3,25. Reajuste um tanto expressivo para um serviço que não tem apresentado evolução. Nestes cinco anos, as reclamações feitas pelos usuários são sempre as mesmas, lotação, demora, falta de frotas e etc.
O possível aumento para R$ 4,00 reais revoltou os vereadores que alegaram diversos pontos para que não atinja este valor.
“Faltam investimentos no setor para garantir a qualidade. Os terminais estão abandonados, sujos, depredados e sem segurança. A frota é velha e insuficiente. Isso sem mencionar a situação dos pontos de ônibus que praticamente não existem.
Sou autor da Lei adote um ponto, que prevê investimentos de empresários que poderiam divulgar na estrutura da cobertura e assentos, mas nem isso a prefeitura regularizou”, detalhou o vereador Carlão (PSB) indignado.
O parlamentar cogitou a realização de audiências públicas sobre o assunto e até a criação de uma possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na concessão dos serviços.
Já o vereador Paulo Siufi (PMDB), atacou a postura do prefeito, em seu discurso, declarando que será necessário rever muitos conceitos com relação à decisão do prefeito Alcides Bernal. “O prefeito dizia aos quatro ventos que a nossa tarifa não tinha sofrido aumento, que era uma das mais tranquilas em relação a quem utiliza o transporte coletivo.
Agora já está afirmando que irá aumentar o valor da tarifa de ônibus, só porque está entregando seu mandato, aliás, um mandato sem compromisso nenhum com as pessoas”, disse Siufi.