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Economia Segunda-feira, 09 de Fevereiro de 2009, 17:56 - A | A

Segunda-feira, 09 de Fevereiro de 2009, 17h:56 - A | A

Trabalhadores rejeitam proposta da Fiems

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Trabalhadores do setor industrial rejeitaram o pacto intersindical pelo emprego, proposto pela Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), que previa a formação do banco de horas e a redução salarial em 25% e da jornada de trabalho na mesma proporção. A decisão, tomada por unanimidade por sindicatos, federações e centrais sindicais, foi apresentada hoje pela manhã durante a segunda e última reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, que procurou intermediar o assunto a pedido da FIEMS.

As negociações, a partir de agora, serão setorizadas, ou seja, entre a federação patronal e sindicatos e federações específicos de cada segmento da indústria. O presidente da FIEMS, Sérgio Longen mostrou-se aborrecido com a decisão dos trabalhadores de não fecharem um acordo geral preventivo à crise que certamente, segundo ele, já estaria se instalando no Estado.

Durante a reunião nesta manhã, que começou às 9 horas, presidida pelo desembargador Ricardo Zandona, presidente do TRT/MS, a entidade patronal foi criticada por diversos sindicatos e federações de trabalhadores por nunca ter concedido qualquer benefício ao trabalhador, nos tempos de "vaca gorda", que não estivessem estritamente previstos na CLT. "A FIEMS nunca negociou qualquer benefício ao trabalhador que não estivesse previsto em lei", criticou José Roberto Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso do Sul - FTI/MS.

Apesar de não aceitarem o pacto intersindical, as lideranças de sindicatos, federações e centrais sindicais prometem continuar o trabalho começado pelo TRT e criar uma "espécie" de Câmara Setorial para acompanhar o desempenho da indústria local, com a participação e apoio do Estado e prefeituras. Caso seja necessária a intervenção em alguma área em que por ventura empresários estejam querendo se aproveitar de uma falsa crise, os sindicalistas vão intervir e denunciar.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil - CGTB, Samuel da Silva Freitas; da Força Sindical, Idelmar da Mota Lima e da Central Única do Trabalhador - CUT, Alexandre Costa, querem manter a união das entidades na luta pelos interesses dos trabalhadores, combatendo principalmente o desemprego. Eles resolveram reunir as lideranças sindicais na quarta-feira (11) às 14 horas na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campo Grande (Rua Maracaju, 878) para discutir o rumo que deverão dar na continuidade dessa luta que não termina hoje pelo movimento sindical.

As Convenções Coletivas de Trabalho fechadas por sindicatos e federações de trabalhadores, com a FIEMS, começam a partir desta semana. Algumas delas têm data base já em 1º de abril. (Assessoria)

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