Trabalhadores nas indústrias de Mato Grosso do Sul, que rejeitaram as propostas da Fiems (Federação das Indústrias de MS), de redução salarial em 25% e de formação de banco de horas, querem a participação do Estado e dos municípios (através a Assomasul) na reunião de segunda-feira (9) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), com dirigentes da federação e desembargadores do tribunal, para discutir mecanismos de combate à crise, que já estaria atingindo alguns segmentos no Estado.
O documento foi elaborado por essas representações sindicais durante reunião no Ministério Público do Trabalho na quarta-feira, intermediada pelo Procurador do Trabalho Cícero Rufino Pereira. Nele, as lideranças ressaltam que no primeiro encontro no TRT (dia 2), com a presença da Fiems, foram convidados apenas dois sindicatos, que não representam todo segmento laboral do setor industrial. Além disso, entendem também, que uma discussão dessa natureza deve contar com outros setores que certamente seriam atingidos por eventual crise, como o do comércio, prestadores de serviços e construção civil entre outros.
Os sindicalistas vão pedir também que essa discussão não seja mediada pelo TRT e sim pelas próprias categorias patronal e dos empregados. De qualquer forma, na segunda-feira (9) haverá uma presença maciça de lideranças sindicais que pretende colaborar com idéias e sugestões para evitar o desemprego no Estado, garantiu Idemar da Mota Lima, presidente da Força Sindical Mato Grosso do Sul.
Idelmar diz que a Fiems dever apresentar a relação das empresas que por ventura estejam enfrentando dificuldades, para que seja estudada por todos que passariam então a buscar soluções. Sua sugestão encontra respaldo nas demais entidades de classe como a CUT, cujo presidente, Alexandre Costa foi mais além, citou que no Estado do Amazonas, o Governo está subsidiando energia elétrica para as empresas não demitirem trabalhadores. “Entendemos que o Governo de Mato Grosso do Sul e as prefeituras também podem colaborar”, comentou.
“É possível encontrarmos soluções sem termos que apelar para demissões ou redução salarial”, comentou José Roberto Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso do Sul. Para ele, vai depender muito da boa vontade de todos, e principalmente dos empresários em contar com os empregados como verdadeiros aliados nesse momento delicado de nossa economia.