Em reunião pública extraordinária, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira (5) uma redução de 9,49% na tarifa de energia da Enersul para consumidores residenciais e de baixa renda, a partir de segunda-feira (8). A empresa atende 72 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.
Para as empresas de baixa tensão em média (abaixo de 2,3 kV), a redução foi de 8,74%. No entanto, empresas na classe de consumo de alta tensão (de 2,3 a 230 kv) vão pagar uma conta de energia elétrica 10,4% maior.
Por conta desse aumento, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, disse que a indústria vai “pagar a conta” por causa do total desalinhamento da Aneel com a política econômica adotada pelo Governo Federal para aumentar a competitividade da indústria brasileira, gerando mais emprego e melhor renda para os trabalhadores.
“A decisão vem no momento em que o setor industrial começava a se beneficiar da redução de até 32% na tarifa de energia elétrica anunciada no passado pela presidente Dilma Rousseff”, disse. “Esse reajuste autorizado pela Agência anula o benefício concedido pela presidente Dilma e compromete os investimentos do setor produtivo, que mais uma vez terá de arcar com os gastos que a concessionária de energia terá com a redução média de 8,74% para os consumidores de baixa tensão”, argumentou.
Para Longen, todos os segmentos da indústria já são penalizados pela alta tarifa de energia elétrica cobrada no Estado. “Sem a redução, o custo Brasil vai continuar afetando a produção industrial, já que a participação da tarifa de energia elétrica no custo de produção varia de 3% a 30%. A ideia era aumentar as exportações de produtos industrializados, bem como as vendas dos nossos produtos no mercado interno, gerando mais desenvolvimento, mas, agora, esse caminho terá de ser revisto”, disse.