O relatório da primeira reunião do ano do Comitê de Monitoramento da Crise (CMC), realizado na tarde desta segunda-feira (26) na Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) apontou que são necessárias medidas urgentes para interromper os efeitos da crise que já atinge diversos setores da economia. Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, as negociações continuam com os governos do Estado e dos municípios e principalmente da área trabalhista já que no Estado foram encerrados 15.103 postos de trabalho no mês de dezembro.
O primeiro relatório do CMC do ano apontou que 87% dos empresários industriais sentiram os efeitos da crise. A informação faz parte da sondagem realizada pelo Radar Industrial junto às indústrias e ao comércio do Estado, entre os dias 16 a 23 de janeiro. “Temos saldo ainda positivos, mas já foi possível sentir uma retração forte no setor industrial e isto ficou evidente na percepção dos industriais”, acrescentou.
Os detalhes da pesquisa demonstraram que 52% dos industriais que disseram que os negócios foram prejudicados pela crise, acreditam que a recuperação deve ocorrer somente no segundo semestre de 2009. Dos empresários entrevistados 58% afirmaram não ter reduzido o quadro de funcionários e 52% prevê novas contratações em 2009.
Comércio e exportações
A percepção dos empresários do comércio no Estado apresenta equilíbrio, 52% afirmaram não ter sentido qualquer efeito sobre o setor, enquanto 48% acreditam que o comércio varejista encontra-se em crise. “Dos empresários entrevistados 60% disseram não ter contratado funcionários temporários no final de 2008 e dos que disseram ter contratado temporários, 47% afirmaram ter havido efetivação após o final do ano”, divulgou acrescentando que 63% afirmaram que o quadro de funcionários permaneceu inalterado após as vendas de fim de ano.
A respeito das exportações, Sérgio Longen informou que Mato Grosso do Sul sempre apresenta uma queda relativa dos embarques ao exterior no último trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, fundamentalmente em decorrência do complexo soja. No entanto, completa, a queda, neste tipo de comparação, no ano de 2008 foi de 41%, enquanto em 2007 e 2006 a redução ocorrida foi de 22% e 21%, respectivamente. (Com informações da Fiems)
