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Economia Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008, 10:39 - A | A

Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008, 10h:39 - A | A

Indústria têxtil de MS promete expansão para 2009

Da redação (LM)

Ponto a ponto, profissionais e máquinas que não páram. O ano foi de muito trabalho para as 460 empresas do setor têxtil de Mato Grosso do Sul, com mais de 12 mil empregos diretos, que juntas produziram cerca de 16 milhões de peças e, para 2009, desponta como o ano de oportunidades de expansão para o segmento industrial. A concorrência dos produtos asiáticos, agora mais altos devido a essa valorização do dólar, tende a tornar menos ameaçadora e com isso as empresas da cadeia produtiva têxtil e de confecção enxergam novos nichos de mercado.

De acordo com o presidente do Sindivest/MS (Sindicato das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul), empresário José Francisco Veloso Ribeiro, além do fator cambial que inibe a entrada dos produtos concorrentes, outro fator enxergado em meio à crise internacional desponta como uma boa aposta para o setor. Favorecidas pelo aumento da renda e do emprego, as classes C e D, aproximadamente 20 milhões de brasileiros, com renda média de R$ 1,1 mil e R$ 570, respectivamente, e que hoje consomem mais de R$ 410 bilhões por ano, devem elevar o consumo garantindo assim um aumento nas vendas.

Para atender essa demanda crescente, o setor do vestuário tem buscado se preparar e qualificar profissionais é a primeira necessidade para alavancar a produtividade. O Sindivest/MS firmou parceria com o Senai, no âmbito do programa da Fiems - Indústria Ativa, para oferecer cursos de qualificação. O convênio, assinado no último mês de julho, prevê a realização, através de mútua colaboração, de projetos, programas e ações capazes de contribuir com a competitividade das indústrias do setor, através da transferência de conhecimentos, educação profissional e prestação de serviços técnicos e tecnológicos.

Na primeira etapa, o convênio garantiu a qualificação gratuita de 102 trabalhadores na Capital, em diversas áreas como Encarregado de Produção, Costura Industrial em Malha, Operador de CAD (sistema de criação, modelagem e encaixe por computador), Ficha Técnica de Produto e em Costura Industrial em Tecido Plano. “As indústrias indicaram os profissionais para receber a qualificação para suprir demanda”, completou Francisco Veloso.

Segundo Ribeiro, os estudos do setor mostram que é necessário ampliar e estender as qualificações em 2009 para os três principais pólos industriais do Estado: Campo Grande, Dourados e Região, e Três Lagoas. “Para o próximo ano a intenção é capacitar duas mil pessoas nos três pólos”, pontuou, acrescentando que a parceria promove o alinhamento estratégico do setor possibilitando inclusive a atração de mais indústrias para o Estado.

Outra demanda do setor que o Sindivest/MS apresentou há 2 anos e que estará sendo realizada em 2009, é o Curso Técnico do Vestuário, que está previsto para ser ativado a partir de Junho pelo Senai em Campo Grande, bem como ampliação nos serviços do CTV para atendimento às industrias de Campo Grande e região.

Expansão

O presidente do Sindivest/MS e diretor da Fiems, detalhou que a expansão do setor industrial no Estado e com a abertura de novas industrias, demonstra também a força do setor têxtil. Em 2007 eram 13.404 indústrias do segmento e 2008 deve fechar com 14.556 empreendimentos, o que revela um avanço de 8,6% no setor industrial como um todo.

Ainda de acordo com ele, a previsão para 2009 é otimista com a atração de novas empresas no setor têxtil e de confecção com a geração de mais emprego e renda, tudo isso graças aos incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado para o setor de confecção que é um grande gerador de primeiro emprego. “Nos próximos 15 meses em Campo Grande, está previsto quatro indústrias que serão implantadas e entrarão em funcionamento gerando cerca de 1.200 empregos diretos”, estimou.

Dados da Agência de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande (ADCG) confirmam a expansão e o otimismo do setor. Só na Capital, de 2005 até o fim de 2008, nove empresas serão incentivadas. Juntas elas devem investir R$ 37,3 milhões e gerar 1.688 postos de trabalho diretos. “O setor está bem dinâmico. Alguns empreendimentos já estão instalados e produzindo e outras começaram a partir de 2009”, confirma Paulo Salvatore Ponzini, diretor presidente da ADCG. (Com informações da Fiems)

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