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Economia Sábado, 25 de Outubro de 2025, 15:56 - A | A

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Hectares

Mato Grosso do Sul planeja expandir base florestal para 2,5 milhões de hectares até 2028

O avanço será guiado pela sustentabilidade, conceito que tem orientado as estratégias das grandes empresas do setor de papel, celulose e madeira.

Viviane Freitas
Capital News

Mato Grosso do Sul possui atualmente cerca de 1,8 milhão de hectares de florestas plantadas e prevê atingir 2,5 milhões de hectares nos próximos três anos, um crescimento de 40% da base florestal. O avanço será guiado pela sustentabilidade, conceito que tem orientado as estratégias das grandes empresas do setor de papel, celulose e madeira.

As declarações foram feitas pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante o evento Bracell 2030 (2025), em São Paulo. O encontro, promovido pela Bracell em parceria com o Valor Econômico e a Editora Globo, reuniu autoridades e especialistas para debater o tema “O Brasil na Vanguarda do Clima: da Bioindústria à Economia Regenerativa”. “Este setor possui uma forte exposição internacional, o que o torna um ponto de referência relevante. A exportação de aproximadamente 92% da produção de celulose evidencia um alto nível de interação com o mercado global”, afirmou Verruck.

O secretário ressaltou a importância da legalidade e da certificação ambiental para garantir a credibilidade do setor. “Empresas como a Bracell e a Suzano não iniciam atividades sem as devidas análises, reservas legais e compensações ambientais. A base de suas operações repousa sobre a legalidade, abrangendo mais de 1,1 milhão de hectares”, destacou. Ele explicou ainda que as certificações florestais costumam ter exigências mais rigorosas que o próprio licenciamento ambiental, o que demonstra “um compromisso com práticas mais exigentes e responsáveis”.

Verruck também abordou os desafios relacionados ao reconhecimento internacional dos créditos de carbono. “O IPCC da ONU ainda não reconhece os créditos de carbono gerados pelo eucalipto plantado, sob a justificativa de que a captura é temporária. O setor busca o reconhecimento da colheita, da rebrota e do replantio como práticas de captura de carbono”, explicou. Para os próximos anos, o secretário projeta o que chama de crescimento biológico do setor: “Se consolidarmos a Bracell e a segunda planta da Eldorado, chegaremos aos 2,5 milhões de hectares plantados em três anos, incluindo cerca de 700 mil hectares de áreas de preservação”, finalizou.

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