Um documento envolvendo as 43 unidades da Embrapa em todo o Brasil está sendo elaborado com o objetivo de apoiar o agronegócio na busca por financiamento internacional durante a COP30, que acontecerá em Belém (PA), em novembro. No Mato Grosso do Sul, unidades como a Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados), Embrapa Gado de Corte (Campo Grande) e Embrapa Pantanal (Corumbá) estão diretamente envolvidas neste projeto, que será apresentado a financiadores internacionais. O objetivo é mostrar ao mundo o potencial da agricultura sustentável brasileira.
A iniciativa foi anunciada pelo ex-ministro da Agricultura e Enviado Especial para a COP30, Roberto Rodrigues, durante o evento Ação Cidadania, realizado no Rio de Janeiro em agosto. Rodrigues destacou a importância de mostrar o que está sendo feito no Brasil, especialmente em Mato Grosso do Sul, para combater desafios globais como insegurança alimentar, mudanças climáticas e desigualdade social. “A Embrapa é a alavanca para o Brasil. Vamos mostrar ao mundo o que é possível fazer e convidar os países desenvolvidos a ajudar a financiar isso”, afirmou o ex-ministro em entrevista exclusiva ao Capital News.
Rodrigues também destacou o papel de Mato Grosso do Sul no avanço da agricultura sustentável, com o estado sendo considerado o “laboratório” mais avançado do planeta nesse campo. Em 2023, o agronegócio sul-mato-grossense apresentou o maior crescimento do País, com 32% de evolução, refletindo o potencial de desenvolvimento sustentável do estado. O agronegócio de MS está sendo reconhecido internacionalmente pela sua capacidade de aliar competitividade e responsabilidade ambiental, como apontou a Embrapa.
Durante a COP30, os resultados de Mato Grosso do Sul serão apresentados na área AgriZone. O estado é um exemplo de como a tecnologia pode transformar a agricultura regenerativa, especialmente no Cerrado. A expectativa é que o evento ajude a atrair mais investimentos internacionais, especialmente para fundos como o ProClima e o Fundo Pantanal. “A revolução climática não precisa ser disruptiva. Podemos reinventar o agronegócio para abraçar a sustentabilidade e enfrentar os desafios climáticos”, afirmou Rafael Zanoni Fontes, da Embrapa Agropecuária Oeste.
