Mato Grosso do Sul registrou alta de 21% na geração de empregos formais em 2025, em comparação ao ano passado. Entre janeiro e agosto, foram criados 29.555 novos postos com carteira assinada, contra 24.411 no mesmo período de 2024, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Somente em agosto, o Estado abriu 2.718 vagas formais, resultado de 35.566 admissões e 32.848 desligamentos. No cenário nacional, MS aparece na 15ª posição em agosto e na 14ª colocação no acumulado do ano.
Para o superintendente regional do Trabalho e Emprego, Alexandre Cantero, os números refletem a boa fase do mercado local. “O saldo positivo mostra que o nosso mercado está aquecido e em crescimento. Nosso compromisso é seguir garantindo que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados e ampliados”, afirma.
Ele destaca ainda o papel social da Superintendência, que, além da fiscalização, assegura o acesso a direitos básicos, como emissão da carteira de trabalho e do seguro-desemprego.
Déficit de mão de obra e Sala do Migrante
Mesmo com o avanço na empregabilidade, o Estado ainda enfrenta um desafio: a falta de trabalhadores para preencher vagas. De acordo com a Funtrab (Fundação do Trabalho de MS), 2024 terminou com 24.280 postos não ocupados.
Para reduzir esse déficit e atender setores com carência de profissionais, a Superintendência inaugurou, em fevereiro, a Sala do Migrante. O espaço foi criado para apoiar estrangeiros que buscam oportunidades no Estado e aproximar empresas que precisam contratar.
Nos oito primeiros meses de funcionamento, o local registrou 5.235 procedimentos em mais de 900 atendimentos, recebendo trabalhadores de 16 nacionalidades. “São estrangeiros chegando a MS em busca de recomeço e trabalho formal”, comemora Cantero.