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Economia Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 16:05 - A | A

Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 16h:05 - A | A

Avanço da Produção

Etanol de milho já responde por 42% da produção total em Mato Grosso do Sul

Com novos investimentos e usinas, Estado avança como polo nacional de biocombustíveis sustentáveis

Viviane Freitas
Capital News

Mato Grosso do Sul fortalece sua liderança no setor de biocombustíveis com o avanço da produção de etanol de milho. Segundo a Associação dos Produtores de Bioenergia de MS (Biosul), na safra 2024/2025, o Estado produziu 4,3 bilhões de litros de etanol, sendo 37% derivados do milho. A projeção para 2025/2026 é de 4,7 bilhões de litros, com 42% do volume vindo do grão. O desempenho posiciona MS como o segundo maior produtor de etanol de milho do País, atrás apenas de Mato Grosso.

Além disso, MS é o quarto maior produtor nacional de etanol de cana-de-açúcar e exportador de bioeletricidade. O Estado conta com 22 usinas, sendo 19 de cana e três exclusivas de milho. “Nos últimos três anos, demos um salto estratégico ao apostar no etanol de milho, reforçando a posição de MS como referência em energia renovável”, disse o presidente da Biosul, Amaury Pekelman.

A produção nacional de etanol atingiu 37,3 bilhões de litros na última safra, com o milho representando 8,2 bilhões, um crescimento de 31%, segundo a Única. A previsão da Unem é de 10 bilhões de litros em 2025, com R$ 40 bilhões em investimentos. Em MS, um dos maiores aportes vem da Inpasa, que já investiu R$ 1,5 bilhão em Sidrolândia e prevê mais R$ 4 bilhões neste ano. O governo estadual estima R$ 105 bilhões em investimentos até 2027, com foco em setores como o de biocombustíveis.

A complementaridade entre as safras de cana e milho permite operação industrial o ano todo e abastecimento contínuo. Atualmente, 13 das 22 usinas do Estado fornecem energia ao Sistema Interligado Nacional. Com a expansão, o milho passa a ser processado localmente, agregando valor e impulsionando outras cadeias produtivas, como a de proteína animal, por meio da produção de DDG — subproduto utilizado na ração de gado — com mercado crescente, inclusive internacional.

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