O dólar comercial subiu 1,19% na última terça-feira (19), fechando a R$ 5,49, após a decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que proibiu empresas de aplicar restrições com base em leis estrangeiras. A medida gerou insegurança entre os investidores, que buscaram ativos mais seguros devido ao risco de impacto da Lei Magnitsky no Brasil.
De acordo com Dino, bloqueios de ativos e cancelamento de contratos só poderão ocorrer com autorização do STF, embora decisões de tribunais internacionais sigam tendo validade imediata no país. O mercado também reagiu a outros fatores, como a queda de 2,1% no Ibovespa, que fechou aos 134.432 pontos, com destaque para perdas no setor bancário, que perdeu R$ 41,9 bilhões em valor de mercado.
O cenário internacional também teve impacto, com a instabilidade política nos Estados Unidos e o desempenho misto das bolsas globais. Em Nova York, o Nasdaq recuou 1,5%, enquanto o S&P 500 caiu 0,6%. Na Europa, o CAC-40 avançou 1,21%, e o STOXX 600 subiu 0,69%. Já na Ásia, o Kospi teve uma queda de 0,81% em Seul, e Cingapura registrou uma leve alta de 0,69%.
O dólar acumula uma alta de 1,87% na semana, mas ainda recua 1,81% no mês de agosto. O Ibovespa, por sua vez, perde 1,4% na semana, embora ainda registre um ganho de 11,7% no ano.