A mudança no ranking de produção de soja em Mato Grosso do Sul marcou um fim de ciclo: Maracaju, que liderava o estado desde 2005, perdeu o posto para Ponta Porã, que registrou 869.400 toneladas na safra de 2024, superando as 843.772 toneladas de Maracaju, uma queda de 26,1% em relação ao ano passado.
Esse reposicionamento também afetou o cenário nacional, com o estado de Mato Grosso do Sul agora figurando apenas com Ponta Porã entre os 20 maiores produtores de soja do Brasil. A cidade ocupa a 20ª posição, enquanto no ano passado Maracaju estava na 12ª posição e Ponta Porã na 16ª.
A produção de soja continua sendo a principal atividade agrícola em Mato Grosso do Sul, representando 55,9% da área total cultivada. No entanto, a diversificação da produção no estado também é notável: a produção de cana-de-açúcar, por exemplo, cresceu 1,4%, atingindo 52,49 milhões de toneladas, consolidando o estado na 4ª posição nacional.
O impacto da queda na produção de soja em Maracaju acende um alerta no setor agrícola local, que vinha se consolidando como motor econômico do município. “Essa mudança mostra que o setor agrícola precisa se adaptar e diversificar ainda mais suas culturas para se manter competitivo”, comentam analistas do mercado.
Apesar dessa queda na soja, o estado se destaca em outras culturas, como o algodão e o milho. Mato Grosso do Sul subiu para a 3ª posição entre os maiores produtores de algodão herbáceo do Brasil, com 150,4 mil toneladas, e embora a produção de milho tenha caído 41,4% em 2024, o estado se mantém como o 4º maior produtor nacional da commodity.