Mato Grosso do Sul vem se consolidando como um dos principais hubs de energia limpa e renovável do Brasil, com destaque para a produção de bioenergia. O estado conta atualmente com 22 usinas em operação — sendo 19 de cana-de-açúcar e 3 de etanol de milho. Todas produzem etanol e bioeletricidade, com 13 delas exportando energia excedente para a rede nacional e 13 também produtoras de açúcar.
Segundo o Observatório de Bioeconomia da FGV, a bioenergia já representa quase 30% da matriz energética brasileira, com a biomassa de cana-de-açúcar respondendo por 16,8% da oferta nacional. Projeções da Mobility Foresights indicam crescimento anual entre 9% e 13% até 2030, com movimentação prevista de US$ 8 a 12 bilhões até o fim da década.
Na Feira de Bioenergia 2025, em Sertãozinho (SP), especialistas destacaram a importância da modernização tecnológica para aumentar a produtividade e reduzir riscos. Entre as soluções apresentadas está o sistema da Trackfy, que utiliza sensores em equipamentos de proteção para monitorar trabalhadores em tempo real, identificando riscos e sinais de fadiga. A tecnologia tem gerado redução de incidentes de segurança, ganhos de eficiência e economia nos custos operacionais.
No cenário mundial, dados da International Energy Agency (IEA) apontam que a bioenergia moderna representa 6% da oferta global de energia, mais da metade de toda a energia renovável consumida hoje. Em países com sistemas avançados de cogeração, o índice já ultrapassa 15%, reforçando o potencial de expansão do setor no Brasil.