Mato Grosso do Sul registrou estabilidade na produção de cana-de-açúcar na safra 2025/26, mantendo uma colheita de 145,3 milhões de toneladas, um volume semelhante ao recorde anterior. Esse desempenho contrasta com a retração observada em várias regiões do país, especialmente no Sudeste, onde as condições climáticas adversas afetaram a produtividade. O primeiro levantamento da safra foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última terça-feira (29).
O estado conseguiu acompanhar a leve alta de 0,2% observada no Centro-Oeste, que se consolidou como um dos principais polos produtores do país. Mesmo enfrentando estiagens, calor intenso e focos de incêndio em algumas áreas, MS manteve sua produção estável, enquanto a Região Sudeste viu uma queda de 4,4% na colheita e redução de 3,3% na produtividade, impactada pelas perdas em São Paulo.
No cenário nacional, a Conab prevê uma colheita total de 663,4 milhões de toneladas, 2% menor que a safra anterior. A produtividade média deve cair 2,3%, com a área plantada praticamente estável, totalizando 8,79 milhões de hectares. A Região Sudeste é a mais afetada, com seca e queimadas prejudicando os canaviais, enquanto o Centro-Oeste e o Sul apresentaram números mais positivos, com aumentos na produção e área plantada.
No setor sucroalcooleiro, a produção de açúcar deve bater recorde, com previsão de 45,9 milhões de toneladas, o maior número da série histórica. Em contrapartida, a produção de etanol deve cair 1%, com um retrocesso de 4,2% no etanol derivado da cana, reflexo da menor oferta de matéria-prima. No entanto, o crescimento de 11% na produção de etanol de milho ajudará a compensar essa queda.