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Agronegócio Domingo, 31 de Agosto de 2025, 13:09 - A | A

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Frangos

Japão supera China e vira principal comprador de frango de Mato Grosso do Sul

Estado exportou mais de 104 mil toneladas entre janeiro e julho, com aumento de receita e novos mercados consolidados

Viviane Freitas
Capital News
Viviane Freitas

Mato Grosso do Sul conquistou um novo parceiro estratégico no comércio internacional da carne de frango. De acordo com números divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), o Japão assumiu a liderança como principal comprador do produto sul-mato-grossense nos sete primeiros meses de 2025, ultrapassando a China. No período, foram exportadas 104,3 mil toneladas de carne in natura, resultando em receita de 222 milhões de dólares.

Segundo o boletim da Famasul, do total embarcado, 19,5 mil toneladas tiveram como destino o mercado japonês, representando 18,4% da receita estadual. Esse movimento fez com que o Japão se tornasse o “comprador número 1” da proteína produzida no Estado, mesmo em um cenário marcado por surtos de gripe aviária que afetaram momentaneamente as exportações brasileiras. Ainda assim, a carne sul-mato-grossense manteve sua credibilidade e garantiu o crescimento de 8% na arrecadação.

O governador Eduardo Riedel já havia demonstrado interesse em expandir a presença do Estado no mercado asiático. No início de agosto, ele destacou que a participação da comitiva de Mato Grosso do Sul na Expo Osaka 2025 será uma oportunidade de ampliar negociações com o Japão. A estratégia busca consolidar o Estado como um dos principais exportadores do país, hoje ocupando a sexta posição no ranking nacional e responsável por pouco mais de 4% da receita brasileira.

Enquanto a China optou por suspender temporariamente compras após a confirmação de gripe aviária no Rio Grande do Sul, o Japão manteve as importações. O motivo foi o acordo firmado no ano passado, que restringe suspensões apenas ao município afetado. Para a Famasul, o resultado comprova “a confiança do país asiático na qualidade e sanidade do produto brasileiro”, reforçando a importância da sanidade animal como diferencial competitivo no setor avícola.

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