Divulgação Arauco
Terraplanagem mobiliza 2,4 mil trabalhadores, e Máquinas trabalham na estruturação da futura fábrica da Arauco
Exatos sete meses após o início das obras, 2,4 mil trabalhadores estão atuando na terraplanagem da futura fábrica de celulose da Arauco em Inocência, 50 quilômetros da área urbana. Esse número supera em 33% a previsão inicial de 1,8 mil pessoas, o que permitiu antecipar o início da instalação da fábrica para o primeiro semestre de 2025, antes previsto para a segunda metade do ano.
Com a expectativa de empregar até 14 mil pessoas ao longo da construção, as etapas da obra estão em ritmo acelerado, e a multinacional chilena projeta concluir o projeto até 2027, um ano antes da previsão inicial. A ampliação no investimento, que passou de US$ 3 bilhões para US$ 4,6 bilhões, também resultará em uma capacidade de produção 40% maior, alcançando 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto.
As obras industriais serão conduzidas pela empresa finlandesa Valmet, responsável por metade do projeto, enquanto a energia gerada na fábrica atingirá 400 megawatts, sendo 200 MW destinados ao consumo interno e o excedente suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil habitantes. Após o início das operações, os funcionários deverão residir em Inocência, conforme legislação municipal aprovada previamente.
Além das atividades no canteiro de obras, a Arauco já emprega cerca de mil pessoas no cultivo de eucalipto. São 270 mil hectares plantados, com planos de ampliar para 400 mil hectares para atender à futura demanda da fábrica. Esses plantios começaram em 2021, com contratos de usufruto que evitam a compra direta de grandes propriedades por estrangeiros, prática vetada pela legislação brasileira.
A fábrica da Arauco será a maior unidade de produção de celulose em linha única do mundo e consolidará Mato Grosso do Sul como um dos principais polos do setor. Atualmente, o estado abriga fábricas da Suzano em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo, além da Eldorado, também em Três Lagoas. Outros projetos em estudo, como o da Bracell em Água Clara, reforçam o protagonismo do estado no que já é chamado de “Vale da Celulose.”
