A Morada dos Baís, em Campo Grande, será palco do lançamento do livro “Lídia Baís- uma pintora nos territórios do assombro”, nesta terça-feira (24), às 19h, da autora Alda Maria Quadros do Couto, professora aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS. Especialista em Teoria e Crítica da Arte Contemporânea, que desenvolveu estudos sobre pintura, teatro, música e cinema.
A Apresentação do livro é do artista plástico Humberto Espíndola e a Cronologia, vida e obra da pintora, tem levantamento inicial da jornalista Márcia Meggiolaro. Este lançamento é uma ótima oportunidade para quem deseja conhecer um pouco mais sobre as artes plásticas do Centro-Oeste, e sobre a vida de uma grande artista brasileira.
Lídia Baís (Campo Grande/MS - 1900 - 1985), dona de uma personalidade marcante, foi pintora e desenhista. Morou, aos 26 anos, no Rio de Janeiro para estudar pintura com o mestre Henrique Bernadelli. Depois de uma temporada na Europa, Lídia entrou em contato com o surrealismo e foi amiga do pintor Ismael Nery.
Em 1950, fundou o Museu Baís em Campo Grande, que não chegou a ser aberto ao público, e ingressou na Ordem Terceira de São Francisco de Assis, adotando o nome de Irmã Trindade. A partir daí, passou a dedicar-se exclusivamente aos estudos religiosos e filosóficos. Por volta de 1960 publicou, sob o nome fictício de Maria
Tereza Trindade, o livro História de T. Lídia Baís.
O objetivo do trabalho de Alda Couto é apresentar a pintora Lídia Baís e sua obra sob o foco da religiosidade que compartilhou com Murilo Mendes e Ismael Nery. O enfoque aproxima-se dos estudos literários, na medida em que a autora parte de questões da história da literatura brasileira em suas conexões com as artes visuais, como é o caso do exercício crítico de Murilo Mendes, da produção literária e pictórica de Ismael Nery e Jorge de Lima, além da querela modernismo-catolicismo, envolvendo Mário de Andrade e o movimento de 1922.