O curta-metragem “Kaguateka: Aquelas que Resistem” retrata a vida de cinco mulheres indígenas que vivem em Campo Grande e integram o Coletivo de Mulheres Indígenas Kaguateka. “Durante as conversas do coletivo, percebemos que havia muitas histórias guardadas — de migração, de saudade do território, de dor e também de reconstrução. O cinema se mostrou o caminho para que essas vozes ecoassem mais longe, como um gesto político e poético de resistência”, afirmou Marcus Teles, diretor assistente e roteirista.
A obra, que terá cerca de 15 minutos, marca a estreia da diretora Gleycielli Nonato Guató, primeira mulher Guató a dirigir um filme. “Esse filme é feito em coletivo. Eu assino a direção e sou uma das roteiristas, mas quem realmente conduz é o próprio grupo Kaguateka. Elas conhecem suas dores e suas forças”, disse Gleycielli.
O documentário acompanha o cotidiano, as lutas e os sonhos de Suzie Guarani, Luana Kadiweu, Matilde Kaiowá, Mirian Terena e Gleycielli Guató, mostrando como transformam a dor em memória e a memória em futuro. “Esse documentário surgiu como uma forma de manifestar a nossa união. É um fortalecimento, um resgate da nossa história e uma semente para que mais mulheres venham somar conosco”, destacou Suzie Guarani, produtora e roteirista.
A estreia está prevista para o início de 2026, na Aldeia Urbana Água Bonita, em Campo Grande, seguida de uma roda de conversa entre as integrantes do coletivo. “O audiovisual é uma ferramenta poderosa. Há muitos filmes com indígenas, mas poucos feitos por indígenas. Este documentário é uma força ancestral histórica. Ele vai levar nossas vozes para muitos lugares”, completou Marcus Teles.
• • • • •
• Junte-se à comunidade Capital News!
Acompanhe também nas redes sociais e receba as principais notícias do MS onde estiver.
• • • • •
• Participe do jornalismo cidadão do Capital News!
Pelo Reportar News, você pode enviar sugestões, fotos, vídeos e reclamações que ajudem a melhorar nossa cidade e nosso estado.

