A greve deflagrada por vigilantes de Mato Grosso do Sul desde sexta-fera (1) foi suspensa temporariamente após reunião com representantes do Tribunal Regional do Trabalho, realizada na tarde de ontem (5).
A classe pede o cumprimento da Lei Federal 12.740, que obriga as empresas de segurança privada a pagar o adicional de 30% sobre o risco de vida. No sábado (2), o TRT já havia determinado o retorno de 50% dos trabalhadores.
Conforme o Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança Privada (Seesvig), o desembargador federal Ricardo Geraldo Monteiro Zandona propôs intermediação do tribunal para resolução do conflito. Ele solicitou que a direção dos respectivos sindicatos apresente para a assembleia geral a proposta de suspensão da greve até a próxima sexta-feira (8) às 14h, quando será apresentado uma posição oficial do sindicato patronal, que nesta terça-feira (5) cancelou a primeira rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2013.
O desembargador federal entrou no caso após o sindicato dos vigilantes informar que a greve não foi deflagrada por causa de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho, mas para exigir o cumprimento da lei.
Por conta da paralisação, agências bancárias de Campo Grande tiveram o atendimento comprometido e consequentemente afetou a população. Sem o funcionamento dos caixas dentro dos bancos, alguns caixas eletrônicos chegaram a ficar sem dinheiro.
Para o banco poder abrir normalmente, segundo o diretor do Sindicato dos Bancários, é preciso ter no mínimo dois vigilantes, dependendo da estrutura da agência. A lei não permite contratação de profissionais freelances. Além disse, seguranças que atuam no transporte de valores também aderiram a greve.
